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Saúde define cuidados especiais no tratamento da dor provocada pelo câncer

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O “I Fórum de Cuidados Paliativos e Tratamento da Dor Oncológica de Mato Grosso”, realizado pela Secretaria de Estado de Saúde, nos dia 14 e 15 deste mês, serviu para a troca de experiência e sensibilização dos profissionais da área da saúde, gestores e segmentos sociais para a implantação dos cuidados paliativos aos pacientes com câncer fora de recursos terapêuticos de cura, ou seja, àqueles em que a doença alcançou um estágio muito avançado, necessitando de outros cuidados que envolvam corpo, mente e espírito, sendo tratados com dignidade e qualidade de vida.

Ao participar da abertura do fórum, o oncologista Marco Túllio de Assis Figueiredo, da Escola Paulista de Medicina (EPM), disse que os cuidados paliativos não são nenhuma novidade, sendo uma prática adotada mesmo antes do século 20. “Cuidados paliativos consistem na abordagem para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares”, comentou. Conforme ele, por meio de um atendimento interdisciplinar e multiprofissional, é necessário assegurar aos pacientes e seus familiares que o alívio de sintomas e, especialmente, da dor, é possível na maioria dos casos.

A grande maioria dos pacientes com câncer avançado sente algum tipo de dor. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a prevalência da dor, que impõe limitações no estilo de vida, principalmente de mobilidade, aumenta com a progressão da doença. No entanto, a dor pode ser aliviada em 80% a 90% dos pacientes e um nível aceitável de alívio pode ser alcançado com tratamento adequado. “Assim, o controle da dor deve ser baseado em avaliação cuidadosa com elucidações das possíveis causas e dos efeitos dos sintomas, proporcionando melhora na qualidade de vida do paciente”.

De acordo com a coordenadora de Prevenção e Controle do Câncer do Estado, Helen Rosane Meinke Curvo, uma das propostas é desenvolver estratégias e parcerias, integrando gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), Centros de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon’s), instituições de ensino superior, como a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Universidade de Cuiabá (Unic), unidades de saúde, organizações não-governamentais, casas de apoio, entre outros, na efetivação e implantação do tratamento paliativo.

Um levantamento feito, em 2001, por técnicos da Secretaria de Estado de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, mostrou que 58% dos pacientes que começavam a tratar de câncer já estavam na fase de cuidados paliativos devido a detecção tardia da doença. Por isso, ela destaca a importância da realização de exames preventivos como, por exemplo, o papanicolau, que previne o câncer de colo uterino, e é feito nas unidades básicas de saúde, assim como adquirir hábitos saudáveis de vida, como o hábito de se exercitar, alimentação saudável, deixar de fumar e tomar bebidas alcoólicas.

Helen Rosane comentou ainda que ao realizar o Fórum sobre Cuidados Paliativos um dos objetivos da Secretaria de Saúde é a descentralização e interiorização desse tipo de atendimento, fazendo que o paciente seja atendido no seu município, ou seja, o mais próximo possível de sua residência e do carinho de sua família. “A meta é estabelecer uma sistemática de referência e contra-referência e critérios para atendimento ambulatorial, hospitalar e domiciliar”, disse.

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