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PM auxiliará Estado no combate à tuberculose

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No reforço da prevenção e no combate da tuberculose no Estado, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) firmou uma parceria com a Polícia Militar (PM) na busca da participação em massa da categoria como multiplicadores de informações quanto aos aspectos importantes da doença, sua transmissão, prevenção e tratamento e no alcance do objetivo principal que é o diagnóstico precoce.

Após um primeiro contato com a categoria em julho deste ano, ficou definida a realização do primeiro seminário de sensibilização, em 17 de outubro, que trabalhará e demonstrará à corporação o que é tuberculose, seus principais sintomas, diagnóstico e as formas de prevenção.

“Esse primeiro contato é muito importante para conhecimento geral de todos sobre a real situação da doença. Quanto maior for o número de pessoas sensibilizadas sobre o agravo, mais fácil será a prevenção para se atingir o índice de 100% de cura dos pacientes em tratamento”, explicou a técnica da área da tuberculose da Secretaria de Estado de Saúde, Jacira Auxiliadora.

Auxiliadora ressalta ainda que após a sensibilização da corporação já está prevista também a capacitação dos profissionais da área da Saúde da PM, com data a ser definida. Serão 40 técnicos entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, entre outros que participarão da capacitação. “É importante mencionar que esse é um trabalho de formiguinha, lento e um pouco demorado. Mas trabalhar a prevenção unido com a informação é a melhor alternativa”, exemplificou a técnica.

O ambulatório da Polícia Militar conta com uma estrutura formada com cinco comandos regionais. Os municípios contemplados são Rondonópolis, Cáceres, Sorriso e Cuiabá. O quadro da saúde desses comandos é constituído por 15 médicos, 28 dentistas, 4 enfermeiros, 1 assistente social, 5 psicólogos, 1 farmacêutico, 1 nutricionista, 1 fisioterapeuta e 1 fonoaudiólogo e 20 técnicos de enfermagem.

Durante uma reunião realizada nesta quarta-feira, a consultora técnica do Ministério da Saúde, Marilda Spinelli, destacou a importância de atitudes imediatas para controle da Tuberculose. “A situação é muito grave e a população ainda é carente de informações precisas sobre a doença. Por isso a necessidade de trabalharmos com as descentralizações das ações. É preciso que todos estejam sensibilizados e unidos no combate a Tuberculose. Como o próprio lema da mobilização social ressalta (‘Mato Grosso unindo forças contra a Tuberculose’) quanto mais parceiros unidos melhor”, destacou a consultora.

O tenente coronel Júnior, da PM, enfatizou que “essa parceria é muito importante, pois a categoria precisa de melhor infra-estrutura para tratar da tuberculose. Com essa parceria a polícia entra com os recursos humanos e o Estado e município entra com a logística”, destacou. “A polícia Militar será o primeiro parceiro, mas iremos trabalhar para o envolvimento dos demais órgãos tanto a Polícia Civil quanto o Corpo de Bombeiros”.

Mato Grosso, em 2006, registrou 1.208 casos novos de tuberculose em todas as formas pulmonares, positivas, negativas e extra pulmonar. O índice de cura foi de 68,5%, com uma taxa de abandono de 6,7%. O Estado trabalha para atingir um índice de 85% de cura e menos de 5% de abandono, conforme foi pactuado com o Ministério da Saúde. “Para atingirmos as nossas metas temos que contar com todos os parceiros que trabalham com a doença. Os nossos Escritórios Regionais, junto com seus municípios de abrangência, também estarão desenvolvendo atividades de sensibilização”, disse a técnica do Ministério da Saúde, Marilda Spinelli.

Desde 1998, quando implantou a estratégia de tratamento supervisionado (DOTS, sigla em inglês para Estratégia do Tratamento Supervisionado da Tuberculose), vem reduzindo o número de casos. A idéia é acolher o paciente, que deve tomar o remédio na unidade de saúde onde a enfermidade é diagnosticada, sendo que um profissional ou outra pessoa da família, parente ou amigo pré-orientado supervisiona o uso do medicamento pelo paciente, diariamente, pela duração de seis meses.

O tratamento envolve a ingestão diária de medicamentos por um período de seis meses. Porém a rápida ação do medicamento, que provoca principalmente o desaparecimento da tosse e dos sintomas, muitas vezes leva a pessoa acreditar que já está curada e assim ela abandona o tratamento. Aí os sintomas reaparecem e o paciente volta a procurar o serviço de saúde. Quando esse processo se repete por mais uma vez o doente pode tornar multirresistente ao medicamento prejudicando cada vez mais a cura.

“Fique de olho nos sintomas. Tosse com ou sem catarro por mais de três semanas, febre baixa no fim do dia, emagrecimento, perda de apetite, suadeira à noite, cansaço e dor no peito, pode ser Tuberculose. A doença é grave, mas tem cura. O tratamento é gratuito e deve ser supervisionado. Procure uma Unidade de Saúde e siga o tratamento correto até o fim”, recomendou Marilda Spinelli.

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