Os médicos residentes que atuam nos hospitais universitários Júlio Müller (HUJM) e no Hospital Geral (HGU) em Cuiabá paralisam as atividades amanhã, por 24 horas. O movimento de mobilização nacional reivindica reajuste no valor da bolsa-auxílio ofertada nos programas de pós-graduação em residência médica. Segundo os profissionais, a bolsa no valor de R$ 1.600 está sem reajuste desde 2007, o que representa uma defasagem de 38,7%.
Os residentes reivindicam também adicional de insalubridade, conforme critério de direito adotado para os demais trabalhadores da saúde, além do valor referente a 13ª bolsa . Em Cuiabá, outra reivindicação é o respeito ao cumprimento da carga horária instituída pelo programa que é de 60 horas semanais. Segundo os manifestantes há médicos que já cumpriram carga horária de até 80 horas semanais, incluindo plantões.
A capital conta com aproximadamente 120 médicos residentes que atuam nos hospitais universitários. Eles foram aprovados por meio de concurso em programas de pós-graduação em residência médica, credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação.
De acordo com o médico residente Tiago Manoel, a escala já está organizada para que durante o movimento de paralisação sejam mantidos os 30% de pessoal previstos em lei com o objetivo de assegurar o atendimento de urgência e emergência.
Para envolver e sensibilizar a sociedade no movimento, os médicos residentes realizam, nesta quinta, ato público nas ruas de Cuiabá com concentração às 8h30 em frente ao hospital geral e caminhada até a Praça Ipiranga.
