O Hospital Universitário Júlio Muller, ligado diretamente a Universidade Federal de Mato Grosso, receberá mais recursos para o combate ao coronavírus no Estado por decisão do Ministério Público Federal (MPF) e Justiça Federal. Serão R$ 339,8 mil recuperados por meio da Operação Ararath desencadeada em Mato Grosso, há alguns anos, que recuperou dinheiro da corrupção envolvendo políticos e empresários.
O MPF tem feito a interlocução com as secretarias municipais de Saúde e também aos órgãos no setor para identificar as necessidades imediatas para o combate à covid-19. O objetivo é requer à Justiça Federal que os recursos decorrentes da atuação finalística judicial e extrajudicial, como no caso das operações Lava Jato e Ararath, sejam destinados para aquisição e abastecimento de materiais médicos hospitalares, além de adequações de espaços físicos necessárias para receber e tratar usuários infectados pelo novo coronavírus.
Com a decisão judicial emitida pela 5ª Vara Criminal da Justiça Federal em Mato Grosso, o Hospital Julio Muller recebeu, até o momento, R$ 906,7 mil. A primeira decisão favorável foi no último dia 20 no montante de R$ 566,8 mil. Com a decisão judicial, será aberta uma conta judicial na qual será depositado o valor para que o hospital inicie o processo de aquisição dos equipamentos e medicamentos solicitados. A superintendência deverá prestar contas dos gastos, apresentando nota fiscal dos produtos adquiridos, recebimento e atesto de entrega do produto ou material, imagem do produto recebido, registro de tombo do produto (inserção no patrimônio da unidade hospitalar) e indicação da conta bancária do fornecedor do produto para que seja realizada a transferência judicial.
A cada 30 dias, durante o prazo de seis meses, o hospital deverá apresentar ao MPF informações quanto ao número de atendimentos realizados no escopo do projeto apresentado (prevenção e combate à pandemia da covid-19 em Mato Grosso), informa a assessoria do MPF.
O boletim da secretaria estadual de Saúde, de ontem à tarde, aponta 11 casos confirmados e 385 suspeitos.