sábado, 27/abril/2024
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Fila diária por UTI em Mato Grosso varia de 30 a 40 pacientes em estado grave devido a Covid

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Só Notícias/Marco Stamm (foto: Christiano Antonucci/assessoria/arquivo)

O secretário Gilberto Figueiredo admitiu, hoje, ao ser questionado por Só Notícias em entrevista on line, que “na prática” não existe mais leitos disponíveis e que a escolha do paciente já obedece ao critério de probabilidade de sobrevivência entre aqueles que conseguem liminar judicial para internação. De acordo com o último boletim a ocupação dos leitos de UTI, de ontem à noite, a lotação atingiu 98,4% e apenas quatro unidades estavam disponíveis. No entanto, segundo o secretário, o número é um retrato do momento exato do fechamento do relatório somado às dificuldades técnicas para troca de pacientes numa UTI com a baixa de médicos infectados. Na prática, admite Figueiredo, “o total de leitos disponíveis hoje é menor do que o número de pessoas que estão demandando a fila de espera”, que varia entre 30 e 40 pessoas por dia.

“Nós devemos ter hoje em torno de 30 pacientes demandando por leitos de UTI. E quando olhamos no boletim vemos que tem quatro leitos de UTI. É que no momento do fechamento tem quatro leitos disponíveis porque: ou não tinha a equipe total do leito, e aí não pode colocar um paciente no leito se o médico não estiver disponível. E todo dia tem médico dando baixa porque é infectado e afastado. Existe um delay para recompor o quadro dos plantonistas nestas áreas; o segundo é que entre a retirada de um paciente de um leito e a entrada de outro tem todo um processo de desinfecção que é feito. Não é simplesmente levanta um e deita outro”, explicou o secretário.

Além da falta de leitos, outro problema do Estado é a escolha do paciente que vai ocupar uma UTI vaga. Figueiredo explicou que diariamente é assediado diretamente com pedidos de internação e ressaltou que o processo de regulação, como é conhecida a escolha, é feito por médico que analisa questões judiciais e clínicas, de maneira impessoal e sem interferência política. Entre os aspectos clínicos analisados, admitiu o secretário, está o de salvar quem tem maior probabilidade de sobrevivência.

“Primeiramente nós somos obrigados a cumprir decisões judiciais. Se tem liminar, o médico determina, entre aqueles que estão demandando, qual é aquele que tem maior probabilidade de lograr sucesso num leito de UTI. Depois, os demais. Quem decide é o médico regulador”, finalizou.

O secretário previu que 9 UTIs devem entrar em funcionamento nas próximas horas em Sinop, onde os 20 leitos que o Estado montou para tratar casos de Covid estão todos ocupados há três semanas. Na Santa Casa, em Cuiabá, mais 20 devem começar a atender em poucos dias.

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