A Secretaria do Estado de Saúde já confirmou 23 casos de meningite este ano, em todo o Estado. Desses, 86,95%% evoluíram para a cura e três foram à óbito, sendo que um deles foi em Alta Floresta, do tipo bacteriana inespecífica. Os outros dois foram em Pedra Preta e Sapezal, em que o tipo da meningite contraído foi a meningocócica. No ano passado foram registrados 288 casos de meningite com 85,7% desse número evoluindo para a cura.
“Quando ocorrem casos comprovados de meningite meningocócica o Estado, por meio de suas vigilâncias, em conjunto com as vigilâncias dos municípios, fazem a busca ativa das pessoas que tiveram contato com o doente e, imediatamente, na ação do bloqueio epidemiológico, faz o procedimento de medicação do antibiótico específico (quimioprofilaxia). As ocorrências registradas no ano de 2007 estão dentro do esperado”, avalia a superintendente de Vigilância em Saúde (Suvsa), Maria Conceição Villa.
Uma série histórica da evolução da doença no Estado, começando com o ano de 2002 e indo até 2006 mostra que o índice de cura obtido em Mato Grosso vem crescendo paulatinamente. Em 2002, dos 240 casos registrados 63,75% evoluiu para a cura. Já em 2003 esse percentual evoluiu para 76,32% de cura num total de 304 casos. Em 2004, dos 262 casos registrados no Estado, 71,37 evoluiu para a cura enquanto que, em 2005, o percentual de cura alcançado foi de 79,39% num total de 296 casos. Finalmente, em 2006, foi alcançado o maior percentual de cura já registrado no Estado, dentro da série histórica: 85,07% de um total 288 casos registrados.
A secretaria também alerta sobre os cuidados a tomar com as meningites. A doença é uma infecção dos tecidos que envolvem o cérebro e a medula espinhal, também chamados de meninges. Existem vários tipos da doença, porém as que preocupam a saúde pública são as que provocam risco maior à saúde humana e podem até levar à morte, que são as meningites meningocócicas e haemophilus, que podem ser transmitidas em contato de pessoa a pessoa por meio de saliva, respiração, tosse, beijos e até pelo simples ato de falar.
Já meningite viral não é transmissível. É uma infecção viral podendo ser causada pelos vírus do sarampo, da caxumba e até do herpes comum. Geralmente nas meningites virais a evolução é benigna, havendo melhora do quadro. As pessoas em contato íntimo com pacientes portadores da meningite viral não precisam fazer uso de antibióticos para a prevenção, mas devem lavar as mãos com freqüência, com água e sabão.
Os sintomas da meningite são febre alta, dor de cabeça intensa, vômitos, dor no pescoço (ou pescoço endurecido), surgimento de erupções vermelhas na pele, sonolência e confusão mental. Em recém-nascidos ou crianças lactentes eles se manifestam como febre, irritação, choro freqüente, cansaço e abaulamento da fontanela, também chamada de “moleira”. Nesses casos a unidade de saúde mais próxima deve ser procurada imediatamente.
As medidas de prevenção para evitar a transmissão da doença são justamente manter os ambientes arejados, quer seja uma sala de aula ou interior de um ônibus, evitar ajuntamentos em ambientes fechados e lavar as mãos com água e sabão constantemente.