A Secretaria de Estado de Saúde alerta que a Carteira de Vacinação de cada cidadão deve ser, periodicamente, mantida atualizada respeitando o calendário nacional de vacinação. Durante o período de férias os cuidados devem ser intensificados visto que o turismo praticado nessa época do ano envolve visitas a áreas de mata, cachoeiras, grutas, passeios de barco, trilhas e contatos com animais. Para se evitar contrair doenças é importante verificar a cobertura vacinal da febre amarela, antitetânica, tríplice viral e hepatite, entre outras.
A gerente de doenças imunopreveníveis, da Secretaria de Estado de Saúde, Selma de Oliveira Marques, ressaltou que a imunização é importante não só para aqueles que se deslocam para as zonas de risco , em períodos de férias, mas para todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. O Ministério da Saúde recomenda que o Cartão de Vacinas deve ser levado em viagens, na segurança da informação caso ocorra alguma incidência, o que contribuirá para os procedimentos de socorro.
“ As vacinas acompanham o período evolutivo da vida do cidadão. Elas devem ser tomadas quando nasce, durante a infância, a adolescência e até a fase adulta, atingindo a terceira idade. A imunização nestas fases da vida garantem uma vida mais saudável e com qualidade,” disse a gerente.
Selma Marques enfatiza que para algumas doenças, a imunidade se dá através de vacinas. A vacina contra a febre amarela é altamente eficaz e confere imunidade contra a doença por dez anos.
Já para a vacina contra a hepatite B são necessárias três doses para imunização total da pessoa. A primeira dose deve ser administrada na maternidade, ao nascer ou nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. A segunda dose deve ser administrada no primeiro mês de vida. A terceira dose deverá ser tomada no sexto mês de vida. “Caso o cidadão não tenha cumprido essas etapas na infância elas devem ser recuperadas na adolescência por recomendação do Ministério da Saúde que lançou calendário de vacina do adolescente, incluindo a vacina tríplice viral.
“Esta vacina, em Mato Grosso, passou a fazer parte do calendário vacinal do adolescente em 1998 por garantir a imunidade dos jovens contra a rubéola, o sarampo e a caxumba, como reforço”, recomendou, lembrando que as vacinas estão disponíveis em todas as unidades de saúde do Estado, são gratuitas e, em caso de viagem, recomenda-se verificar a cobertura vacinal 10 dias antes da data prevista.
Poliomielite
A primeira etapa de vacinação contra a poliomielite ou paralisia infantil em Mato Grosso, alcançou uma cobertura vacinal de 96%. A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%. Esse número, segundo Selma Rodrigues, se deve ao fato de que municípios que nunca alcançaram a cobertura em campanhas passadas atingiram o índice, a exemplo de Gaúcha do Norte, Primavera do Leste e Porto Estrela. A segunda etapa da campanha contra a pólio será de 26 de agosto a 25 de setembro.
Febre Amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus do gênero flavivírus, e tem o nome de Amarílico. Existem dois tipos de febre amarela: a urbana e a silvestre. O último caso de febre amarela urbana foi registrado em 1942 e ocorreu no Acre. De lá para cá não foi mais registrada nenhuma ocorrência da doença, em sua forma urbana, no país.
Já a febre amarela silvestre tem como principais transmissores os mosquitos dos gêneros Hemagogus e Sabethes. Os mosquitos picam preferencialmente os macacos, que são os hospedeiros da doença. Quando uma pessoa não vacinada é picada pelo mosquito infectado em áreas silvestres, como regiões de cerrado e em florestas, a pessoa contrai a doença. A transmissão da enfermidade não é feita diretamente de uma pessoa para a outra.
A vacina é recomendada a partir dos nove meses de idade, e tem validade por dez anos. As crianças que moram em áreas de risco (regiões de cerrado e de matas) a vacina deve ser administrada aos seis meses de vida.