A união das bancadas de PSDB, PT e DEM garantiu uma votação de 10 a 5 no Conselho de Ética em favor do recurso do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) exigindo votação aberta dos relatórios contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
O presidente do conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), havia decidido pela votação secreta. Demóstenes apresentou recurso, que foi colocado em votação no conselho. Quintanilha decidiu conceder vista coletiva para os relatórios sobre Renan até a próxima quarta-feira (5).
Dois dos três relatores do Conselho de Ética aceitaram as denúncias do P-SOL contra Renan. Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS) avaliam que o presidente do Senado quebrou o decoro parlamentar em, pelo menos, oito aspectos. Almeida Lima (PMDB-SE) defende o arquivamento do processo.
O processo no Conselho de Ética foi aberto a pedido do P-SOL para apurar a denúncia de que o lobista Cláudio Gontijo, da Construtora Mendes Junior, havia pago despesas pessoais de Renan Calheiros.