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Vereadores de Sorriso são transferidos para presídio do Pascoal Ramos

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Os vereadores de Sorriso que se encontravam presos na Polinter foram recambiados para a Penitenciária do Pascoal Ramos. Já que ficou constatado que nenhum deles é portador de curso superior, regalia que garante aos presos temporários (aqueles ainda sob investigação) o direito a celas individuais que mais parecem uma sala. Gerson Frâncio (PSB), mais conhecido como Jaburu, Chagas Abrantes (PR) e Roseane Marques Amorim (PR) são os três vereadores detidos por ordem da juíza Nilza Maria de Carvalho, que determinou ainda a prisão da esposa do vereador Chagas Abrantes, Filomena Abrantes, que é empresária do ramo de comunicações.

O próprio Gaeco Grupo Especial de Atuação ao Crime Organizado, solicitou que os vereadores, por serem autoridades fosse encaminhados a Polinter, depois reviram a decisão e solicitaram que os mesmos fossem conduzidos a Penitenciária para aguardar a manifestação da Justiça que ao deflagrar a Operação Decoro (Condução ética de um mandato eletivo ou de ordem a ser cumprida).

O clima em Sorriso era, no sábado (18), de espanto pelos últimos acontecimentos, em que pese, há dias existirem denuncias, sem comprovação da crise política vivida no município que é um dos mais prósperos do Médio Norte de Mato Grosso por causa do seu desenvolvimento no agronegócio e na industrialização da produção e que envolveria o prefeito Chicão Bedin (PMDB) e alguns vereadores.

A capacidade política do município perante o cenário estadual é grande, sendo que na sede do município existe a representação de dois deputados estaduais, além de outros dois deputados federais que mantém a cidade e a região como sua base eleitoral.

O presidente da Câmara Municipal, Luiz Fábio Marchioro (PDT) convocou uma sessão secreta para apreciar os últimos acontecimentos e decidir o futuro dos vereadores que justamente foi abalado pela falta de decoro parlamentar e que está marcada para amanhã às 14:30hs. O problema é que já existem injunções sobre a capacidade da Câmara Municipal em tomar uma providência, diante da possibilidade de outros vereadores estarem também envolvidos nas investigações.

Se outros dois vereadores estiveram envolvidos, elevando o número para cinco edis, serão 50% da composição do Plenário, que tem 10 vereadores. O regimento prevê que a corregedoria da câmara pode pedir criação de uma comissão para investigar o fato denunciado. Se comprovada a culpabilidade, a comissão submete parecer ao plenário, e a conseqüência mais drástica, é a perda de mandato.

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