A Câmara Intermunicipal de Vereadores, desde a última quarta-feira, 02, passou a ser o canal de voz das seis cidades que integram a Comarca. A instituição terá oficialmente 18 parlamentares, sendo seis na Mesa Diretora e três de cada município. A legenda partidária é única: o povo do nortão, com ações convergindo de forma totalitária para Carlinda, Paranaíta, Nova Monte Verde, Apiacás, Nova Bandeirantes e Alta Floresta.
Na abertura definitiva dos trabalhos, realizada na sede da instituição, a Câmara de Alta Floresta, dezenas de pessoas prestigiaram a edilidade, que na maioria falou em união para resgatar a credibilidade política e o desenvolvimento da região.
Doglas Arisi(PMDB), vereador pelo quarto mandato em Alta Floresta e eleito presidente da Câmara Intermunicipal, resumiu assim seu ponto de vista: “Nós [o nortão] temos problemas comuns. Seja na Educação, Saúde, Estradas ou agricultura”. Para Arisi “a instituição passa a ser a forma conjunta de se chegar na Assembléia Legislativa, no Palácio Paiaguás, no Palácio do Planalto ou até mesmo no Congresso Federal”.
“Lastima-se muito, e os companheiros que vão legislar durante os próximos quatro anos, sentirão como é difícil trabalhar sem um deputado da região em Cuiabá. Temos em nossa região mais de 120 mil habitantes e mais de 70 mil eleitores, e não tivemos a capacidade de eleger um representante”, lamentou o presidente.
Por não ter representantes políticos as seis cidades do nortão tratarão em conjunto os problemas. E Doglas Arisi relatou um deles, cuja “luz” deveria vir do Governo Estado. “O governador [Blairo Maggi] vem dando grande apoio aos grandes produtores, que ele até chama de empresários rurais, e esquece do mais importante que é o apoio aos pequenos agricultores”.
No discorrer de seu discurso, Arisi ainda relatou como desafios urgentes da Câmara Intermunicipal a busca pela solução na questão do Zoneamento Agro-ecológico-econômico e ambiental, que será implantado no Estado, os sérios problemas das Rodovias Matogrossenses 208 e 206 e da BR-163, solicitação de audiência com a Superintendência do Banco do Brasil para debater sobre as linhas de créditos, a situação do maquinário usado pelas Prefeituras e que foi solicitado pelo Governo do Estado, entre outros.