O portal UOL divulgou reportagem, hoje, que o governo do Estado encomendou um estudo no qual aponta que o Bus Rapid Transit (BRT) é a obra ideal para ser implantado em Cuiabá. No entanto, este estudo nunca foi mostrado à população, pois ele contraria as autoridades locais que decidiram pela contrução do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), opção que custaria o dobro do valor do primeiro sistema de transportes.
O Uol aponta que os critérios para a escolha do VLT foram políticos e não técnicos. “A Agecopa (Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal), órgão estadual que produziu o estudo em março deste ano, jamais divulgou seu resultado à população matogrossense. Ao invés disso, o então presidente da agência quando o estudo foi feito, Yênes Magalhães, foi tirado do cargo no dia 15 de abril. Engenheiro especialista em sistemas de transporte e ex-secretário de Transportes de Cuiabá, Magalhães era um defensor ferrenho da ideia de seguir os conselhos dos técnicos em favor do BRT. Em seu lugar, assumiu o então secretário-chefe da Casa Civil, Eder Moraes”, aponta trecho da reportagem.
No entanto, devido a força política do presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP), a Agecopa se viu obrigada a mudar os planos de BRT para VLT. “Até então, o BRT fazia parte do plano oficial do Ministério do Esporte para as obras de mobilidade urbana das cidades-sede da Copa. Já havia sido liberado um empréstimo de R$ 451 milhões da Caixa Econômica Federal para financiar o projeto”, ressalta.
“O trabalho encomendado pela Agecopa, de 124 páginas, foi feito pela consultoria Oficina de Engenheiros Associados. A análise aponta que o custo de implantação do VLT será de R$ 1,13 bilhão, enquanto os investimentos necessários para o construir o BRT seriam de R$ 563 milhões. Além disso, sempre de acordo com o estudo da Agecopa, o VLT provavelmente não ficará pronto a tempo de estar funcionando durante a Copa de 2014, já que levaria pelo menos três anos para ser concluído, e a agência estadual ainda não possui sequer um projeto básico, ao contrário do que já existia com o BRT”, destaca outro ponto da reportagem.
Esta é a segunda reportagem do site destacando a escolha do VLT em detrimento ao BRT em Mato Grosso. Em relação a primeira reportagem, a assessoria de imprensa do deputado Riva apontou que o “jornalista usou de informações falsas e incompletas para a produção da matéria. Até hoje ainda não há um estudo conclusivo que aponta o preço final do VLT, principalmente no valor informado na notícia. Os estudos hoje apontam um custo de R$ 700 milhões, mas ainda não é o valor final. Também não está definida a fonte de financiamento, como afirma na notícia, sendo que poderá ser por meio de PPP (Parceria Público-Privada), do governo ou da própria concessionária, todavia que o transporte é viável e autossustentável”, ressalta em um trecho.
“Acredito que os cidadãos mato-grossenses e, principalmente, os cuiabanos apoiam o modelo de transporte escolhido, por entenderem que não somos mais uma capital provinciana, como os grandes centros gostam de nos considerar. Estamos optando por um transporte de qualidade e de durabilidade, sendo contrário ao que o BRT possa oferecer”, finalizou Riva, em sua defesa.
Em relação a notícia divulgada hoje, até o momento, o parlamentar ainda não se pronunciou.
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