O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) deve julgar, semana que vem, denúncia da coligação e do candidato derrotado ao governo de Mato Grosso, Lúdio Cabral (PT), contra o governador eleito Pedro Taques (PSDB), o vice Carlos Fávaro (PSD), o ex-senador Antero Paes de Barros e Aldo Locatteli, proprietário de uma emissora de tv em Cuiabá. É alegado, na ação de investigação judicial eleitoral, o uso indevido do meio de comunicação.
Nos autos, consta que a tv estaria servindo de instrumento de veiculação de propaganda eleitoral negativa Lúdio, alegando ridicularização, com “comentários desairosos e negativos dele, tripudiando publicamente”. Destaca que além de ser vedada a propaganda eleitoral em veículos de comunicação social que dependem de concessão do Poder Público, exceto aquela autorizada no horário eleitoral gratuito, “constitui fato notório que a veiculação de matérias que denunciam como propaganda eleitoral irregular teria caráter oneroso”.
Por outro lado, a defesa de Taques contesta as supostas irregularidades apontadas e requer a desconsideração da denúncia. Ele foi eleito com 833.788 votos, ano passado. Apontou que gastou R$ 29,5 milhões na campana em pessoal, publicidade, propaganda, aluguéis, bens e imóveis.