O pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deve julgar na sessão da próxima segunda-feira recurso interposto pelo Ministério Público para reforma de decisão de primeira instância favorável ao prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT). Nas eleições de 2012, Pivetta foi acusado de irregularidades na campanha eleitoral.
O juiz de Direito Cássio Luis Furim, julgou o pedido improcedente, "dada a falta de comprovação dos argumentos". Parecer ministerial é pela procedência do recurso, que se acatado pelo TRE, pode culminar na cassação do mandato do gestor.
Ontem, Pivetta disse que espera justiça sobre o caso, a mesma já manifestada em primeiro grau. Reiterou sua inocência. O Ministério Público Eleitoral sustenta que no período do pleito municipal, em agosto de 2012, membros da coligação vencedora teriam participado de reunião "clandestina da comunidade Chácara Bom Jesus, e na presença do prefeito, prometeram que a água seria instalada no local no prazo de 15 dias".
Pivetta, segundo o MP, teria telefonado da própria reunião para um representante do serviço de água e esgoto para determinar a realização imediata da instalação dos cavaletes de água. Na sequência, as obras teriam sido iniciadas com "intuito de comprar eleitores".
Defesa de Pivetta nega a acusação, que seria infundada. Na decisão, o magistrado pontua a "falta de comprovação fática dos argumentos dispostos na petição inicial e a não identificação da prática de captação ilícita de sufrágio".