PUBLICIDADE

Taques defende investimento e desenvolvimento para garantir segurança durante evento em Goiás

PUBLICIDADE

O governador Pedro Taques participou do Fórum Nacional de Cidadania e Segurança Pública, realizado em Goiânia (GO), hoje, e afirmou que a redução da criminalidade está proporcionalmente ligada aos investimentos feitos no segmento e ao desenvolvimento de uma localidade. O evento foi realizado pelo LIDE (Grupo de Lideranças Empresariais) e contou com a presença de líderes nacionais e de secretários de segurança de cinco estados brasileiros.

Taques foi um dos debatedores do painel de "Controle de Fronteiras" e lembrou que Mato Grosso possui uma extensão geográfica de fronteira de 980 km que precisa de atenção tanto do Governo Estadual, quanto Federal. "São 28 municípios que estão na região de fronteira e 500 mil pessoas precisando de emprego. É necessário promover o desenvolvimento para que cidadãos não sejam vítimas ou venham as praticar crimes", afirmou.

O governador falou sobre as ações realizadas em Mato Grosso no combate ao crime, como o projeto de levar para a região fronteiriça indústrias de confecção, de modo que imigrantes bolivianos encontrados em situação análoga ao trabalho escravo em outros estados, possam trabalhar com dignidade no setor e estar mais próximos a seus familiares, além de contribuir com a região Oeste do país. Nesse sentido, lembrou os esforços para tirar do papel a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres com o objetivo de alavancar a geração de emprego.

O chefe do Executivo estadual defendeu maior autonomia dos estados membros da federação e ressaltou os trabalhos realizados pelo Fórum de Governadores do Brasil Central, que aglutina cinco estados e mais o Distrito Federal propiciando discussões em torno de assuntos comuns a todos. "Nos nossos estados nós resolveremos os problemas sem a dependência da União Federal em logística, mas também em segurança pública porque nós temos que resolver esses problemas em conjunto".

Além disso, Taques destacou a importância de a diplomacia brasileira realizada entre os países que fazem fronteira na América do Sul. Para ele, o trabalho ainda é ineficaz. "Como nós podemos subsidiar a construção de estradas no estado do Pando, na Bolívia, com recursos do BNDES se não fornecemos nenhuma condição para que a Bolívia possa tomar providências no tocante à produção de cocaína? Este não é um exemplo de diplomacia altiva. Pessoas morrem no Rio de Janeiro, pessoas são mortas no Brasil e a culpa não é do secretário estadual. Segurança pública não se faz só nas ruas do Rio de Janeiro, segurança pública se faz no Brasil”.

Mesmo com o reforço do efetivo da segurança mato-grossense, sendo 3.400 novos homens e mulheres, Taques afirmou que é preciso fazer mais, inclusive na aquisição de equipamentos e tecnologia, e defendeu ainda que as Forças Armadas possam estar mais presentes nas fronteiras.

Assim como Taques, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, falou sobre a relação da atual crise econômica enfrentada pelo país e com a situação da segurança pública. "Esta zona de confronto acontece na medida que você perde a condição econômica e passa a jogar pessoas para a criminalidade ou por desespero pela falta de emprego. Sem dúvida, não há planejamento de segurança que possa ser correto e que seja uniforme com um agravante desta natureza".

O governador de Goiás, Marconi Perillo, afirmou que a busca por uma sociedade mais justa está na busca por justiça social de inclusão econômica, de criação de oportunidades e de uma educação de qualidade. “Esses são caminhos para atuação preventiva dentro do combate à violência e ao crime organizado e este trabalho preventivo é que nos leva a paz", analisou.

O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Mauro Zaque, que acompanhou o governador no evento, avaliou que participações da sociedade como esta ajudam a melhorar o planejamento de políticas públicas por meio da observação do cenário nacional. “É muito importante ouvir outras pessoas que estão fazendo a segurança pública no país e adaptar essas realidades às necessidades de Mato Grosso”.

O Fórum Nacional de Cidadania e Segurança Pública é uma iniciativa do LIDE (Grupo de Lideranças Empresarias) e apresentou temas para debates como gestão na Segurança Pública, o controle de fronteiras, medidas legislativas, inovação tecnológica e programas educativos.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Projeto do voto impresso nas eleições avança na Câmara; 4 deputados de MT favoráveis

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou...

Ministro anuncia R$ 140 milhões para a agricultura familiar em Mato Grosso

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, fará...

Senador mato-grossense propõe semana para incentivar educação cidadã

O senador Jayme Campos (União-MT) apresentou um projeto de...

Juíza nega pedido e mantém diplomação do prefeito eleito de Sorriso

A juíza Emanuelle Navarro Mano negou, esta tarde, pedido...
PUBLICIDADE