O governador Pedro Taques (PSDB) utilizou sua página pessoal em uma rede social para classificar que a “situação das contas públicas de Mato Grosso é preocupante”. Ele apontou que “medidas irresponsáveis tomadas lá no passado refletem fortemente hoje nas contas do Estado”. Por conta desta crise, o governo anunciou, ontem à noite, que irá pagar somente 90% dos servidores até o dia 30. Os demais serão pagos até o dia 10 do próximo mês.
O gestor estadual disse que irá mais uma vez a Brasília em busca de recursos para sanar as dificuldades financeiras do Estado. “Já pedimos uma agenda à Casa Civil com o presidente da República, Michel Temer, e vamos expor, mais uma vez, a gravidade do problema. Vou buscar sensibilizar o presidente sobre o momento em que vivemos”.
Ele voltou a dizer que o governo federal deve mais de R$ 400 milhões do FEX, dinheiro este que entraria nos cofres e ajudaria a resolver o problema financeiro. “A União precisa entender, e vamos mostrar isso, que este repasse não será feito porque ela é boazinha, mas é uma previsão legal, é direito do Estado de Mato Grosso receber o FEX. Isso sem contar que estamos sofrendo para manter o custeio da saúde nos municípios, mesmo com vertiginosa queda nos repasses da União”.
“A crise financeira não é uma exclusividade de Mato Grosso, outros Estados da Federação passam pelo mesmo problema. Diante disso, assinamos nesta semana uma carta direcionada ao presidente Temer pedido auxílio de R$ 7 bilhões para sair do sufoco. A União precisa entender, definitivamente, o seu papel neste momento de extrema dificuldade. É o desafio de agora”.