A votação do processo do mensalão contra o deputado mato-grossense Pedro Henry, no STF (Supremo Tribunal Federal) está empatada em 1 a 1. O ministro revisor Ricardo Lewandwski votou pela absolvição dele das acusações por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Lewandwski disse que o Ministério Público Federal "não comprovou minimamente" a participação do pepista no esquema e que há "ausência total de participação de Henry nesses negócios espúrios" e votou por absolvê-lo.
Agora, os demais ministros do STF vão decidir se Henry será condenado ou absolvido.
A procuradoria acusou o deputado de participar das negociações que levaram ao repasse de pelo menos R$ 3 milhões do valerioduto para o PP e ao uso da corretora Bônus Banval para distribuir o dinheiro.
O ministro revisor começou seu voto fazendo uma análise sobre o entendimento do Supremo do chamado ato de oficio (atitude no exercício da função). Para o ministro, o plenário "decidiu que para o delito de corrupção passiva, basta que se demonstre o recebimento de vantagem indevida".
Conforme Só Notícias já informou, o relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, optou pela condenação de 12 réus sobre crimes relacionados à compra de apoio político nos primeiros anos do governo Lula. Ele decidiu pela condenação por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha dos três réus do PP: Pedro Henry, o ex-deputado Pedro Corrêa e o ex-assessor João Cláudio Genu.