O prefeito Ari Lafin declarou, hoje, em entrevista coletiva, que não aceitará pedido da presidência da câmara para afastar temporariamente dos cargos a secretaria de Educação e a direção da escola municipal, em Primaverinha, onde um professor foi denunciado por abusos a crianças e acabou sendo preso por ordem judicial e está exonerado de sua função. A câmara alega que não teriam sido tomadas providências em relação ao acusado. “Não falo em afastamento nesse momento”. “É uma pessoa muito séria, ela e nosso corpo de educação, são pessoas muito dedicadas. Vamos aguardar”. “Não quero me precipitar, não conheço os autos e não participo disso, não quero contaminar nada (sobre andamento da investigação)”, disse o prefeito.
“Estamos buscando através de nossas equipes técnicas colaborar, principalmente agora entra a nossa equipe jurídica. Este é o momento em que não se trabalha com a política, temos que trabalhar com seriedade, fazendo com que tudo seja esclarecido o mais rápido possível por onde, pela delegacia, pelo Ministério Público e pelo judiciário. Inclusive recebi ordens, neste final de semana, de que este é um assunto de alto sigilo porque envolve denúncias, envolve pessoas e nós vamos colaborar de todas as formas, tecnicamente assim falando, respeitando o que a justiça determinar”, afirmou o prefeito.
“Estou aguardando agora o Ministério Público e o Judiciário, são entidades muito sérias e, obviamente, as denúncias entram pela porta da delegacia, os delegados têm que acatar todas as denúncias, isso é necessário que seja feito. Mas eu posso dizer a todos os senhores que a personalidade secretária é uma mulher muito séria, dedicada à sua missão e também participa da rede de proteção, estão discutindo muito isso e eu preciso me resguardar neste momento a falar menos porque eu inclusive não estou autorizado pela justiça”, acrescentou o prefeito.
“Começou da semana passada pra cá um espetáculo político, em determinados momentos não se pode, tem que ter seriedade, homens justos tem que respeitar as pessoas, inclusive aqueles que se sentem neste momento prejudicados e tem o direito de depor. A minha resposta é seriedade, ter calma. São homens e mulheres da Câmara responsáveis, não se pode julgar, quem julga é a justiça”, rebateu o prefeito.
Conforme Só Notícias já informou, a Polícia Civil de Sorriso requereu ao judiciário e foi autorizada a prisão do professor, de 42 anos, que está sendo investigado, por estupro de vulnerável. Ele foi preso no momento em que estava na prefeitura fazendo rescisão do trabalho. Uma vítima relatou que o professor, passou as mãos no corpo dela e teria feito com outras crianças e adolescentes. A delegada Jéssica Cristina Assis explicou, anteriormente, que oito estudantes foram ouvidas no procedimento especial de investigação.