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Sorriso: câmara estuda criar comissão para investigar 3 vereadores presos

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O corregedor da câmara sorrisense, Leocir Faccio (PDT), anunciou, agora há pouco, na sessão da câmara, que protocolou pedido abrir processo e formação de comissão parlamentar que vai apurar se houve quebra de decoro parlamentar por parte dos vereadores Chagas Abrantes, Gerson Francio e Roseane Marques Amorim, presos desde 6ª feira, por ordem judicial, acusados pelo Ministério Público de cobrarem propina em troca de apoio para o prefeito Chicão Bedin. A comissão deve ser montada nesta 3ª feira.  “Vamos tirar a limpo. Quem deve vai pagar por seus erros. Quem não deve será absolvido. Vamos fazer nossa parte com responsabilidade”, disse o corregedor, na tribuna. Faccio recomendou cautela, prudência e que sejam evitados pré-julgamentos. “É muito fácil fazer julgamento e condenar e muito fácil também cometer injustiça. Não queremos dizer que ninguém é santo”, discursou, na tribuna.

Para ele, este “é um momento de fazer reflexão bem forte e buscar as razões para cada um está à frente dos poderes. Tudo passa pelos princípios e valores que temos na nossa mente. Eu vejo secretários que ficaram meses que ficaram trabalhando nesta arquitetação (sem mencionar o que) e o serviço público ficou esperando. Não livro determinados vereadores. Aqui na câmara, estamos passando por uma situação delicada”, declarou.

O vereador Maximino Vanzella, líder do prefeito, defendeu que os vereadores acusados e presos sejam afastados do legislativo. “Não a pedido deles porque é licença mas fazer afastamento tão logo desssas pessoas. Não há mais clima para permanecerem no legislativo”, declarou. Ele se referiu aos 3 vereadores presos como “colegas que denigrem imagem deste parlamento. Fizeram discursos duros em nome da moral, de DNA da honestidade”, afirmou. Este legislativo vai ficar marcado na história como o que maculou a imagem ( do município) no cenário estadual”, disparou.

Vanzella também criticou o fato de não ter sido implantada a CPI para apurar as denúncias contra os vereadores. “Poderíamos ter tomado atitude antes que não poderia ter causado este impacto por este fato ruim e triste”, discursou.

O presidente Luis Fabio Marchioro rebateu Vanzella sobre a não instalação da CPI. “Fica bastante fácil fazer discurso agora. Eu chamaria até de covardia fazer discurso vazio. Não há uma linha dentro do regimento interno que o presidente possa cassar ou afastar algum vereador”, disse. Ele expôs que são questões que devem ser submetidas ao plenário. “O corregedor da casa está fazendo comissão de decoro. Tivemos acesso a todo processo que foi delagrado e criada comissão de decoro. A sessão (desta 3ª feira à tarde) não é secreta para ser escondida. Ela será secreta obedecendo o que manda o regimento”, esclareceu.

O vereador Paulo da Farmácia também defendeu que fosse instalada a CPI.  “É um momento de tristeza. Acredito que, após a sessão de amanhã, é momento da gente se pronunciar. Ninguém imagina o que iria acontecer na 6ª (operação do GAECO com prisões). Achei que iria ser enviada documentação para a câmara e iríamos analisar”, disse. “Tem que ser feita esta comissão para investigar o caso, de forma legal como deve transcorrer”, declarou.

Os vereadores Chagas Abrantes e Gerson Francio pediram, hoje, licenças por 30 e 60 dias respectivamente. Para a vaga de Chagas foi empossado Marcelo Lincoln da Silva. A câmara ainda deve convocar o suplente de Francio.

Ainda esta noite foi empossado o suplente João Matos na vaga de Hilton Polesello (PTB) que pediu licença, no útlimo dia 15, por um mês, cumprindo rodízio estabelecido entre as bancadas.

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