sábado, 20/abril/2024
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Sonegação: fiscal e empresários em Sinop, Sorriso e Lucas com prisões decretadas

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O empresário Antônio Domingos, mais conhecido como “Toninho Domingos”, irmão do prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos, e ocupando o cargo de secretário de Finanças está sendo procurado pela Polícia Fazendária de Mato Grosso, dentro da “Operação Quimera”, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público Estadual. Um dos sócios da Casa Domingos, Toninho encabeça a lista de dez empresários que estão com prisão temporária decretada pela juíza Maria Rosi de Almeida Borba, da 8ª Vara Fazendária.

Toninho Domingos é investigado por envolvimento com uma quadrilha de fiscais de tributos que atua na Secretaria de Fazenda e acusado de crime de corrupção, formação de quadrilha, sonegação e crime contra a ordem tributária de Mato Grosso. Estão na lista com prisão decretada: Anderson Obem de Castro, da Scatoben Distribuidora de Alimentos, com sede em Sorriso; José Vidal, da Alca Pregos e Parafusos, em Cuiabá; Moacir Frey, da F.H Transportes, de Lucas do Rio Verde; Clari Simionato, de Juina; Mauro Zanete, de Paranaíta, e mais dois empresários identificados como Herlan e Leonildo.

De acordo com relatório do Gaeco, ao todo, foram decretadas 23 prisões, sendo oito agentes públicos, os chamados ATEs, cinco intermediários e 10 empresários. Os agentes de tributos com prisões determinadas são: Carlos Roberto de Oliveira, José Divino Xavier da Cruz, João Nicézio de Araújo, Joana Aparecida Rodrigues Eufrasino, Antônio Nunes de Castro Júnior, Maria Elza Penalva, Jamil Germano Almeida Godoes, Ari Garcia de Almeida (SInop), Antônio Leite da Costa e Luís Carlos Rodrigues. Destes, estão foragidos João Nicézio, Jamil Germano e Ari Garcia.

Um computador, notas e demais documentos de um hotel na avenida dos Tarumãs, em SInop, de propriedade do fiscal Ari Garcia, (ex-chefe da Exatoria de Fazenda de Sinop) foram apreendidos, hoje de manhã, durante a operação Quimera, feita pelo GAECO – Grupo de Apoio ao Combate ao Crime Organizado-.
O promotor Paulo Cesar Dancieri Filho, acompanhado de um oficial de Justiça e de um chaveiro, ficou mais de três horas no hotel que chegou a ficar fechado. Hóspedes e funcionários não entravam e saíam enquanto eram procurados documentos.

A pedido do Gaeco também foram decretadas as prisões de Leomar Almeida de Carvalho, Antônio Carlos Vilalba Carneiro, Elzio José da Silva Velasco e José Augusto Ferreira da Silva, além de Jair Félix, ex-agente de tributos do Estado. Eles são acusados de intermediar as conversas entre os agentes do Governo e os empresários. Informações iniciais indicam que cada um recebia em torno de 1% do valor da nota fiscal, cuja terceira via era “negociada”.

A operação iniciada às 5h30 desta quarta-feira também cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em residências, pessoais, veiculares e escritórios. Simultaneamente, a operação foi realizada nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Tangará da Serra, Paranaíta, Aripuanã, Juina, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Barra do Garças, Alta Araguaia, Posto Fiscal Correntes, Posto Fiscal Pontal e Posto Fiscal Cabeceiras.

A “Operação Quimera” foi desencadeada a partir de levantamentos de inteligência desenvolvidos pelo Gaeco, tendo como base várias denúncias de sonegação da terceira via de notas fiscais em atuação de organizações criminosas. “Após seis meses de investigação foi possível o presente desfecho” – assinala o relatório do Gaeco. Na operação foram utilizados 150 policiais militares e rodoviários federais, 22 promotores de Justiça, 33 viaturas policiais e um avião.

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