quinta-feira, 25/abril/2024
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Operação contra sonegação: Blairo diz que irmão de prefeito não terá privilégios

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Aliado político do Governo, o secretário de Finanças da Prefeitura de Várzea Grande, Toninho Domingos, irmão do prefeito Murilo Domingos, não vai ter privilégios nas investigações de crime fiscal, em curso na Delegacia Fazendária de Mato Grosso, com o auxílio do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público. Foi o que garantiu o governador Blairo Maggi, ao participar na tarde desta quarta-feira da entrevista coletiva, ao lado do procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, e do promotor Mauro Zaque.

“Essa situação não é um caso político. Estamos tratando de coisa de polícia” – disse o governador, ao ser questionado sobre o fato de Toninho Domingos ser filiado do PPS e ter sido anunciado como pré-candidato a deputado federal pelo partido nas eleições do ano que vem. Antes, Toninho era vice de Jaime Campos na Prefeitura de Várzea Grande. “Doa a quem doer, seja quem for. A lei tem que ser igual para todos” – discursou o governador.

Se dizendo “um governador legalista”, Blairo Maggi acentuou o tom do discurso distanciador. “Amigo ou não tem que ser investigado” – disse, ao se referir ao secretário, cuja empresa, a Casa Domingos, é acusada de crime fiscal. Na ação do Gaeco, as investigações descobriram a existência de um esquema de venda da terceira via de notas fiscais, por parte de funcionários da Secretaria de Fazenda. Com o negócio, as empresas deixavam de recolher aos cofres públicos. Cálculos indicam que o desvio chegou a R$ 400 milhões. “Todos são iguais perante a lei” – acrescentou Maggi.

Ao tratar do assunto, o governador pediu ao promotor de Justiça, Mauro Zaque, responsável pelas investigações sobre o caso, para que “não erre”. Maggi lembrou que em 2000 muitos fiscais foram denunciados e até punidos com demissão dos quadros do Governo. Porém, a grande maioria acabou retornando às suas funções por determinação judicial, basicamente por causa de falhas processuais. “Não podemos dar brecha para que essas pessoas voltem” – disse o governador.

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