PUBLICIDADE

Sinop: mais vereadores criticam prefeito por IPTU ter aumentado acima de 20%

PUBLICIDADE

Os vereadores da base aliada não estão satisfeitos com os aumentos no Imposto Predial e Territorial Urbano. A decisão da prefeitura em não aplicar o aumento médio de 20%, conforme acertado com parlamentares e diretores de 15 entidades que representam a sociedade organizada, quando o código tributário municipal foi aprovado, causou criticas de vereadores. O aumento médio em diversos bairros é superior a 40%. Ao Só Notícias, Roger Schallenberger (PR) classificou os reajustes como absurdos. “A gente tem recebido cerca de 15 ligações, por dia, de moradores indignados. Eu não votei favorável ao projeto (em dezembro) porque não deu tempo para ler o código, que era muito extenso. Foi colocado em votação nas últimas sessões. Mesmo aqueles que votaram favoráveis, o fizeram porque acreditaram no acordo”, disse, referindo-se aos demais vereadores da base aliada.

De acordo com o vereador, outras taxas também subiram. “Uma artesã me ligou dizendo que havia pago R$ 50 em uma taxa, no ano passado, que este ano subiu para R$ 500. Então tudo isto tem que ser explicado. O correto seria o secretário de Finanças, Teodoro Lopes, participar de uma sessão e explicar este aumento absurdo para a sociedade”, criticou.

Edilson Ribeiro, o “Ticola”, disse que foi procurado por moradores relatando "aumentos em mais de 50%. Existia um acordo verbal e o projeto foi assinado. A prefeitura pediu até esta 5ª para se posicionar. O que posso dizer é que se for mantido, não é aquilo que eu assinei e não concordo”, reforçou.

Presidente da câmara e ex-líder do prefeito Mauro Garcia (PMDB) se disse contrário à quebra do acordo e apontou que há saídas para a prefeitura recuar. "O executivo pode pedir para alterar a lei ou fazer emendas. Mas temos que analisar a legalidade. Estamos pedindo que seja revisto o mais rápido possível esta questão dos percentuais acima dos 20% e espero que isso aconteça logo. Na época da votação, como líder do prefeito, eu defendi que o aumento seria de 20% na totalidade, da mesma forma que as entidades combinaram. Foi meu entendimento quando foi votado e continuo com mesmo posicionamento hoje", acrescentou. Mauro deixa claro que, se o prefeito Juarez Costa e o secretário Teodoro Lopes não recuarem, a câmara poderá se "posicionar de outra maneira". Ele preferiu não adiantar que decisão tomará. "Quero, primeiro, esperar resposta da prefeitura", concluiu.

Conforme Só Notícias já informou, muitos moradores de Sinop estão criticando e cobrando explicações da prefeitura sobre os aumentos, uma vez que os reajustes foram aplicados no valor venal do imóvel e no valor venal da construção. Quando a prefeitura fez o projeto, ano passado, foi duramente criticada por várias entidades, então recuou nos percentuais de reajuste e previu que o aumento máximo seria de 20% na maioria dos bairros, e 5% em bairros sociais (onde a renda da população é menor).

O dono de um terreno de 600 metros quadrados, sem qualquer benfeitoria, como asfalto e calçada, que pagou R$ 248,48 no ano passado, afirmou, ao Só Notícias, que teve um “susto” quando recebeu a cobrança. O valor chegou a R$ 1.195,05. Uma correção que corresponde a 381%. Os valores chegaram ao patamar apontado, conforme consta carnê de cobrança, porque a prefeitura aplicou o reajuste no valor venal do terreno (29%), no valor da construção (412%) e do imóvel em si (309%).

Outra reclamação foi de uma moradora do bairro Violetas. Em uma área de 307 metros quadrados, o reajuste foi de 46%, passando de R$ 369,31, em 2014, para R$ 539,79, este ano, mais de 46%. No Jardim Jacarandás, o IPTU cobrado ano passado de uma residência de alvenaria foi R$ 352. Agora, saltou 43% e foi para R$ 465. No setor residencial Norte, a cobrança de uma casa de madeira, que ano passado foi R$ 300 este ano pulou para R$ 399, o que representa 33% a mais. O IPTU de um lote baldio, no Jardim Maringá, subiu 27,5%. Em 2014 a prefeitura cobrou R$ 1,4 mil e, este ano, subiu para R$ 1,8 mil. As criticas não são só dos moradores.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE