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Sinop: descartado termo de ajustamento quanto a destinação de dejetos

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Sem avanços. Foi assim que terminou a reunião entre câmara, Ministério Público Estadual e empresários do setor de coleta de dejetos que tratou sobre a possibilidade de firmar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). O encontro foi hoje, na sede da promotoria. O TAC serviria para regulamentar as regras e prazos para as empresas do setor e prefeitura se mobilizassem e regularizassem a situação do descarte dos resíduos que hoje são despejados em uma área sem o devido tratamento. “Não foi nada produtiva”, definiu o presidente da câmara em exercício, vereador Júlio Dias (PT), quanto ao resultado da reunião. “Não chegamos a lugar algum. O Ministério Público entende que não tem competência para fazer parte desse TAC, uma vez que pediu o embargo às empresas que realizam esse serviço, e que isso deve ser entendido com a Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente) e governo do Estado”, disse Dias quanto a negativa do MP ao termo.

O presidente em exercício lembrou que a preocupação da câmara é quanto a responsabilidade social que se sobrepõe ao problema ambiental instalado. “Existe um problema ambiental, isso é fato e vem desde a fundação do nosso município, e que precisa ser resolvido, mas a população não pode ficar sem esse serviço”, destacou quanto a importância da continuidade da coleta dos dejetos. “Temos a preocupação com o meio ambiente sim, pois não temos um local para tratamento de esgoto, embora esteja em fase de construção e não será instalado de imediato, mas nossa preocupação maior agora é com a população, pois há um apelo social muito forte nesse contexto”.

A formação do termo foi uma proposta sugerida durante a reunião realizada na câmara entre Sema, empresários e a Comissão do Ambiente, no início desta semana. Com a negativa do MP, o presidente Júlio Dias disse que o Poder Legislativo fica de mãos amarradas para resolver o problema enfrentado pelo setor.

“O que poderíamos ter feito fizemos, aprovamos a lei de incentivo para a empresa construir a área de despejo dos resíduos, garantimos o compromisso da prefeitura, tentamos um acordo com o Ministério Público e viabilizamos a liberação das coletas para que as empresas pudessem voltar ao trabalho. Agora o que nos resta é uma ação política junto aos nossos representantes no Estado (deputados) para resolver esse problema”, explicou Julio Dias, fazendo uma referência a determinação judicial que havia embargado as empresas prestadoras de serviço depois que o MP cobrou da Sema o licenciamento ambiental das empresas. Uma liminar garantiu o retorno das atividades.

Hoje, três empresas fazem a coleta dos dejetos em Sinop em residências, empresas, comércio e indústrias. Para efetuar a coleta, a empresa precisa ter Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação, que só é liberada após construção da estação de tratamento. No município, apenas uma empresa tem duas licenças, faltando a de Operação.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente, vereador Wollgran de Lima (DEM), também participou.

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