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Senador de Mato Grosso defende que governo federal socorra empregos: ‘não pode ser a empresa’

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Só Notícias/Marco Stamm, de Cuiabá, com Redação (foto: Agência Senado/arquivo)

O senador Wellington Fagundes (PL) defendeu que o governo federal promova o socorro às empresas afetadas economicamente com a pandemia do novo Coronavírus, que já causa insegurança e desemprego em vários setores no Brasil afora. Na opinião do parlamentar, não é o empresário que tem que arcar sozinho com a conta que vai chegar, para o senador, é o governo do presidente Jair Bolsonaro que precisa criar as condições para manter os empregos e a renda dos trabalhadores.

“Não pode ser a empresa, não pode ser o dono do site, não pode ser o dono do comércio que vai manter esses empregados e amanhã não ter condições de pagar. O governo [Federal] vai ter que arcar com esta conta”, disse em entrevista à Rádio Senado. Num país que tem a segunda maior concentração de renda do mundo, segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU), Fagundes sugeriu que o governo aumente a arrecadação taxando as grandes fortunas.

“Se o país virar as costas para pessoas nestas condições, esse país não pode ser digno. Da mesma forma que agora o foco principal é garantir os recursos para os mais carentes, e já votamos e já está valendo a ampliação do BPC, também o Bolsa Família, que é para as pessoas mais vulneráveis. Tem que se atender isso e mecanismos já foram criados”, enfatizou.

Quatro propostas sobre a taxação de grandes fortunas estão em análise no Senado. Uma delas (PLP 183/2019), do senador Plínio Valério (PSDB-AM), está pronta para votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O presidente Jair Bolsonaro anunciou, semana passada, uma linha de crédito emergencial para ajudar pequenas e médias empresas a quitar a folha de pagamentos. O setor está entre os mais afetados pela crise gerada pela pandemia de covid-19. A estimativa é de liberação de R$ 40 bilhões.

O governo federal decidiu, ontem que, o empregador poderá acordar, por meio de negociações individuais ou coletivas, a suspensão do contrato de trabalho com os empregados por até 60 dias, com direito a receber seguro-desemprego. A medida foi divulgada nesta quarta-feira (1º) pelo secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, como forma de diminuir efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.

Para proteger os trabalhadores informais, as pessoas sem assistência social e a população que desistiu de procurar emprego, o governo distribuirá vouchers (cupons) por três meses, anunciou há pouco o ministro da Economia, Paulo Guedes. A medida consumirá R$ 15 bilhões – R$ 5 bilhões por mês – e terá como objetivo, segundo o ministro, amparar as camadas mais vulneráveis à crise econômica criada pela pandemia de coronavírus, informa a Agência Brasil.

Outra decisão governamental é que cerca de 32 milhões de pessoas físicas ganharam mais dois meses para entregarem a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física. O prazo, que acabaria em 30 de abril, foi estendido para 30 de junho/

 

 

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