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Riva rebate críticas do presidente do PR e PP inicia distanciamento

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O governador Blairo Maggi deseja continuar contando com o Partido Progressista – tanto na base de apoio ao seu Governo, até o final de 2010 como também nas eleições. O Partido Progressista, através de seus dois principais líderes, o deputado federal Pedro Henry e o presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva, também querem. Mas! Há uma pedra no meio do caminho entre as duas intenções. Uma pedra não, na verdade, duas pedras. Uma delas é o presidente do Partido da República, Moisés Sachetti. Republicanos e progressistas não estão conseguindo falar a mesma língua e já fazem duras trocas de acusações. A relação está "azedando".

Sachetti acusou o PP de estar acordando agora para o processo eleitoral e não se mostrou simpático a proposta de "zerar" as discussões sobre eventuais nomes dentro da aliança governista. Diante do processo, os progressistas chegaram a admitir a possibilidade de romper com a governabilidade. Na terça-feira, lideres do PP estiveram com o governador para comunicar suas intenções sobre as eleições de 2010. Ao mesmo tempo que José Riva e Pedro Henry, os principais expoentes progressistas, buscavam um entendimento com o líder do PR, Sachetti decidiu "malhar" a sigla.

As declarações de Sachetti foram duramente combatidas pelo deputado Riva nesta quarta-feira. Entre uma folga e outra da sessão ordinária, Riva "descascou" o dirigente republicano. "O PP não quer conversar entre quatro paredes" – disse o político, ao explicar como a sigla deseja conduzir o processo de debate para formação da aliança para 2010. "Lamento! Ele não sabe ler e entender" – disse, se referindo ao presidente do PR. Riva afirmou que o PP vai continuar buscando uma discussão de forma transparente. "Não será como ele [Sachetti] deseja" – comentou. – "Espero que ele cisque para dentro e não para fora".

E teve mais. O parlamentar progressista afirmou que só se preocupa com a verdade por saber enfrentar esse tipo de jogo que ele considera rasteiro. "A mentira não me assusta" – declarou, ao complementar que "ainda bem que o PP acordou e espero que o presidente [Sachetti] possa compreender o momento político como nós estamos compreendendo".
O presidente do Legislativo disse ainda acreditar que os partidos estão conduzindo de forma errada o processo eleitoral de 2010. "Ainda temos um ano e meio de governo, e não temos que discutir agora o pleito de 2010. Não é hora de fazer campanha e lançar nomes. Porém, meu compromisso é com o PP e nós não faremos isso", completou.

Esta não é a primeira vez que Sachetti entra em rota de colisão com partidos aliados. O dirigente esteve, inclusive, perto de deixar o partido por causa da forma como as questões estavam sendo conduzidos os debates internos. Nas eleições do ano passado o economista, integrante do grupo mais restrito do governador Blairo Maggi, acabou "comprando" diversas brigas políticas. Uma delas, em Várzea Grande, contra o senador Jayme Campos, dentro do projeto de fortalecer o partido para as eleições de 2010, particularmente, as pretensões de Luís Antônio Pagot, atual diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (DNIT), que projetava disputar o Governo do Estado.

Os impropérios de Riva contra Sachetti e o próprio desdém do presidente do PR às propostas progressistas indicam, absolutamente, que as relações entre os dois agrupamentos estão deterioradas. Os republicanos trabalham, em verdade, com a possibilidade de o PP estar muito mais próximo de deixar a aliança para seguir um projeto liderado pelo senador Jayme Campos, ao lado do PSDB de Wilson Santos. Quando nada, o PP pode acabar buscando uma alternativa, inclusive liderando um projeto de candidatura própria com José Riva ao Governo. Da parte do PP, certo até aqui é que não há candidatos, em que pese o desejo de Riva em disputar uma vaga ao Senado Federal. O partido também já manifestou desejo de apoiar o nome de Jayme Campos, do DEM, ao Governo.

 

 

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