sexta-feira, 3/maio/2024
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Rigidez do TSE “desmancha” acordos de Blairo e abre cenário de candidaturas

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A decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que enrijeceu as regras da verticalização, aproximando as eventuais alianças estaduais ao conceito da fidelidade partidária, desmanchou todos os entendimentos que já estavam fechados dentro da aliança “Mato Grosso Mais Forte”, que abriga o projeto da reeleição do governador Blairo Maggi. O presidente do PPS, Percival Muniz, ao analisar o resultado da decisão do TSE, confirmou que agora tudo voltou a “estaca zero”, a começar pelas decisões já tomadas: Jaime Campos, do PFL, como candidato ao Senado Federal; e Luiz Antônio Pagot como vice.

“Essa medida nos pegou de surpresa e complicou toda a nossa vida. O cenário estava muito bom. Agora vamos ter que começar tudo de novo” – disse o político. Nessa primeira análise, Muniz deixou claro que o PPS tem dois caminhos a seguir: coligar-se com o PFL e o PSDB ou buscar os chamados “partidos livres” de candidatura a presidência da República, no caso, o PP, o PTB, o PDT, o PMDB o PV e o PHS, além de tentar agregar os chamados “partidos nanicos”. Fora isso, apenas coligação branca – o que ninguém quer.

Essa situação significa mais ou menos o seguinte: se optar pela aliança formal com o PFL e o PSDB, com apoio a Geraldo Alckmin a presidência da República, as articulações terão que ser muito grande, inclusive com concessões ampla. Mesmo numa situação de inferioridade de quadros, o PSDB vem endurecendo as discussões, com lampejos indicando que poderá seguir com uma candidatura própria. Não seria o melhor caminho. Dentro do PSDB há quem veja a aliança com Maggi como “muito estranha”. Porém, é a aliança com os “sem candidatos” que já começa a fascinar os líderes socialistas e articulares do projeto da reeleição. “Está ficando interessando isso” – disse Muniz.

Em Mato Grosso, a aliança PFL-PSDB é fragilidade pela história política dos grupos que comandam as duas siglas. E se fosse possível, há ainda a questão da carência política. Nos dois partidos faltam nomes de peso e que estejam interessados entrar na disputa ao Governo, abrindo o flanco da candidatura própria. Antero de Barros, do PSDB, deseja ser candidato a reeleição e vem descartando olimpicamente a disputa ao Governo. Dante de Oliveira, outro nome de peso dos tucanos, nem cogita a hipótese. Nos meios, o PSDB chegou a ensaiar o nome de Adriana Vandoni, articulista do jornal “A Gazeta”, mas não passou das páginas de jornal. No PFL, Jonas Pinheiro redargüiu com clareza a hipótese de enfrentar o afilhado político nas urnas.

A engenharia política será a grande tarefa dos articulares políticos dos partidos envolvidos na formação da aliança para sustentar a reeleição de Maggi. “Temos 15 dias para fechar o caixão” – ilustrou Muniz. O tempo é curto. Ainda mais se levando em consideração que desde janeiro – em verdade, desde dezembro – os líderes partidários vêm tentando, sem êxito, estabelecer um rumo para suas siglas. Até aqui, certeza mesmo duas apenas: uma, o PT terá candidato próprio ao Governo do Estado, com a senadora Serys Marli – até por questões de necessidade, de sobrevivência partidária; e, duas, Maggi é candidato a reeleição.

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