sábado, 4/maio/2024
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Quadrilha tinha gráfica para falsificar ATPFs e abastecer Mato Grosso

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O Ministério Público Federal, o Ibama e a Polícia Federal não estão dando trégua às quadrilhas especializadas em desmatamento e exploração ilegal da floresta amazônica, envolvida em dez tipos de diferentes crimes. Na manhã desta quarta-feira (26) 190 agentes e delegados da PF de 14 Estados, desencadearam “Operação Ouro Verde”, um desdobramento da “Operação Curupira”. Além dos prejuízos para natureza, os bandidos deixaram para trás um rombo estimado, por baixo, apenas em quatro municípios do Pará: Paragominas, Tome-Açu, Tailância e Tucuruí, de mais de R$ 65 milhões com a comercialização ilegal de 72 milhões metros cúbicos de madeira em tora e beneficiada.

As investigações, segundo a PF, começaram em dezembro do ano passado, quando ficou comprovado que uma das principais atuações da quadrilha consistia na fabricação, distribuição e comercialização de Autorização para Transporte de Produtos Florestais (ATPFs), todas falsas.

Ainda nas investigações, PF e os Ibama, chegaram a uma gráfica localizada em Goiânia, no Estado de Goiás, que vendia as ATPFs, em média por R$ 1,8 mil. Da quadrilha faziam parte, segundo as investigações da PF, empresários de vários segmentos, além de servidores públicos.

Além de Mato Grosso, onde uma pessoa foi presa, a “Operação Ouro Verde”, também está sendo desencadeada nos estados do Pará, Rondônia, Goiás, Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Amapá, Maranhão e Sergipe.
O mais chamou a atenção das investigações, foram os tipos de crimes praticados pela quadrilha dentro do Código Penal e na Lei Ambiental. Os crimes, segundo a PF, são: estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica, concussão, advocacia administrativa, corrupção passiva, prevaricação, transporte ilícito de madeiras e receptação.

Em Mato Grosso, segundo a PF, foi preso na manhã de hoje, o empresário Hermínio José Bonzan, de 34 anos, que está com prisão temporária decretada pela Justiça Federal. Bonzan seria um dos braços da conexão da quadrilha com o Estado de Rondônia. Depois ser ouvido na superintendência da Polícia Federal em Cuiabá pela delegada Amanda de Souza, Bonzan será transferido, possivelmente ainda hoje para a Polícia Federal do Pará, onde também será interrogado.

Em dois de junho deste ano, as ações da Polícia Federal e do Ibama no combate ao desmatamento na Amazônia desmontaram uma quadrilha que atuava há 14 anos no Mato Grosso fraudando autorizações para exploração de madeira.
Desenvolvidas desde setembro de 2004 pelo Ibama, Polícia Federal e o Ministério Público Federal, as investigações levaram a Justiça a decretar a prisão de 89 envolvidos, responsáveis pela exploração ilegal de 1,9 milhão de metros cúbicos de madeira, suficientes para carregar 76 mil caminhões.

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