O presidente do PSDB, senador Eduardo Azeredo (MG), sofrerá nos próximos dias pressões internas para deixar o cargo em razão das denúncias de que recebeu recursos das contas do empresário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza na eleição para governador em 1998.
Apesar de o tesoureiro de sua campanha Cláudio Mourão ter negado em depoimento à CPI dos Correios que Azeredo soubesse do esquema, documentos divulgados no final de semana mostrariam que o senador sabia da utilização de recursos em sua campanha originários das contas de Valério.
Por causa das denúncias, a cúpula do PSDB considera que o foco das investigações que, na avaliação dos tucanos deveria estar nos petistas e nos demais partidos da base governista, começa a se virar para a oposição. Deputados e senadores do partido consideram que Azeredo atrai as atenções dos governistas da CPI por ser presidente da legenda.
Azeredo será abordado por senadores tucanos logo que chegar a Brasília e deverá aceitar os argumentos dos colegas e pedir o seu afastamento. A saída de Azeredo anteciparia um acordo interno para que o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) assumisse a presidência da legenda no próximo mês na convenção do PSDB.
Especial