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Preso ex-tesoureiro PT em Mato Grosso com R$ 1,7 milhão

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A Polícia Federal voltou a prender nesta sexta-feira Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam –empresa acusada de liderar o esquema de compra superfaturada de ambulâncias que está sendo investigado pela CPI dos Sanguessugas. Ele foi preso num motel de Cuiabá e depõe novamente nesta sexta-feira.

A prisão de Vedoin ocorreu após Paulo Roberto Dalcol Trevisan, primo do sanguessuga, que depôs ontem e complicou o empresário da Planam. Trevisan disse para a PF que recebeu de Vedoin uma fita de vídeo, fotografias e documentos que envolveriam o ex-ministro da Saúde José Serra e o ex-governador Geraldo Alckmin com a Planam. Serra e Alckmin são candidatos do PSDB a governador de São Paulo e presidente, respectivamente.

Em São Paulo, de acordo com fontes da PF, foram presos num hotel Valdebran Padilha Gedimar Pereira Passos. Padilha foi tesoureiro do PT no Mato Grosso. Passos, ex-agente da PF, estaria trabalhando como advogado para o PT do Mato Grosso.

Integrantes da PF suspeitam que Trevisan “venderia” o material contra Serra e Alckmin para Padilha e Passos. No hotel, junto com Padilha e Passos, foram encontrados cerca de R$ 1,7 milhão –R$ 1,168 milhão e mais US$ 248 mil.

A PF apreendeu a fita de vídeo, fotografia e documentos com Trevisan, que tentava embarcar ontem de Cuiabá para São Paulo. Ele foi liberado pela PF depois de depor.

Vedoin, que estava em liberdade após ser beneficiado pela delação premiada, voltou a ser preso. O juiz substituto da 2ª Vara Federal em Mato Grosso, Cesar Bearsi, suspendeu a liberdade provisória do empresário por atrapalhar as investigações ao ocultar e negociar provar. Ele será transferido para um presídio depois de depor para a PF.

Reportagem da revista “IstoÉ”, que chega neste final de semana às bancas, traz entrevista de Vedoin, que diz que o esquema de compra superfaturada de ambulâncias teria começado quando Serra era ministro da Saúde do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Naquela época, a bancada do PSDB conseguia aprovar tudo e, no ministério, o dinheiro era rapidamente aprovado”, disse Vedoin para a revista.

Conforme os Vedoin, do total de 891 ambulâncias comercializadas pela Planam entre 2000 e 2004, 681 tiveram verba liberada até 2002, durante a gestão de Serra e Barjas Negri.

A assessoria de Serra disse que o candidato minimizou a entrevista e informou que ela faria parte do ‘kit baixaria do PT’.

CGU

O ministro Jorge Hage (Controladoria Geral da União) disse nesta sexta-feira que a denúncia dos Vedoin contra Serra não é a única prova de participação do ex-ministro da Saúde (1998 a 2002) no escândalo dos sanguessugas.

“As acusações sobre o governo anterior não estão só apoiadas nos depoimentos dos Vedoin, existem documentos, e depoimentos de parlamentares que fazem acusações ao então secretário-executivo e ao ministro [José Serra]”, disse o ministro.

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