sábado, 20/abril/2024
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Presidente do PL renuncia mandato de deputado devido a escândalo do mensalão

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O presidente do PL, deputado Valdemar Costa Neto (SP), acusado de envolvimento no suposto esquema do “mensalão”, renunciou nesta segunda-feira ao mandato de deputado federal como antecipou a colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo. Com isso, Costa Neto consegue manter seus direitos políticos e se livra de um eventual processo de cassação.

Em seu discurso, o presidente do PL confirmou que recebeu dinheiro irregular do PT e disse que foi usado em despesas de campanha
–seguindo discurso semelhante adotado pelo PT. “Fui induzido ao erro quando aceitei receber recursos destinados à campanha sem a devida documentação que oficializasse a doação.”

“Neste momento, senhor presidente, assumo a única e absoluta responsabilidade por esse ato. Isso quer dizer que nenhum membro do Partido Liberal pode ser responsabilizado pelo que foi decidido ou praticado por mim”, afirmou Costa Neto. “Para provar, sem qualquer subterfúgio perante a CPI e a Justiça, a boa-fé de meus atos e a inocência de parlamentares que compõem a base do Partido Liberal, comunico a mesa da Câmara a renúncia do meu mandato de deputado federal”, acrescentou.

Apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como um dos envolvidos no esquema do “mensalão”, Costa Neto entrou com representação no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. Segundo o presidente do PL, Jefferson fez as denúncias sem apresentar provas.

Hoje, em seu discurso, Costa Neto reiterou contra Jefferson e disse que não vai retirar nenhuma acusação. “Não podemos permitir que um delinqüente que foi o primeiro a ser acusado nesta Casa possa sair livre das penas da lei e do julgamento político. Exijo que Roberto Jefferson sente na banca dos acusados para responder por seus crimes”, disse Costa Neto.

Na semana passada, cogitou-se a possibilidade de Costa Neto retirar a representação contra Jefferson. Em troca, o deputado fluminense não entraria com representações no mesmo conselho contra Costa Neto e os deputados José Dirceu (PT-SP) e Sandro Mabel (PL-GO).

Mabel, que teve seu nome envolvido no esquema do “mensalão”, também foi acusado de ter oferecido dinheiro para deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) trocar de partido.

Ainda na semana passada, documentos em poder da CPI dos Correios e a lista de freqüentadores da agência do Banco Rural no Shopping Brasília indicaram que Antônio de Pádua de Souza Lamas, irmão do ex-tesoureiro do PL Jacinto de Souza Lamas, retirou R$ 350 mil no dia 7 de janeiro de 2004, quando era assessor da liderança do partido na Câmara.

No último dia 20, Maria Christina Mendes Caldeira, ex-mulher de Costa Neto, disse ao Conselho de Ética que o presidente do PL recebeu recursos do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e confirmou a existência do “mensalão”.

Maria Christina confirmou que Costa Neto e Delúbio Soares mantiveram vários encontros nos hotéis Grand Mercury (São Paulo) e Blue Tree (Brasília). “Sei que eles se encontravam nos hotéis porque o Valdemar me ligava do lobby, dizendo que estava esperando o Delúbio”, disse à época.

Com a renúncia, o presidente do PL perde o foro privilegiado e poderá responder à Justiça caso a CPI encontre provas de que ele cometeu algum ato ilegal.

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