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Presidente do PL diz que Lula bateu martelo em acordo financeiro para apoiar PT

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A revista ‘Época’, que normalmente circula aos sábados e teve sua edição antecipada para esta sexta-feira, traz novas revelações preocupantes para o governo. A reportagem de capa é uma entrevista com o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, que renunciou ao mandato de deputado federal na semana passada. Ele diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia do acordo de R$ 10 milhões entre PT e PL que foi denunciado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) num dos seus depoimentos após o escândalo de corrupção.
     
 “O Lula, o Dirceu e o Delúbio faziam parte da mesma família”, diz Costa Neto num trecho da entrevista.
 Antes de falar com a revista, em sua primeira entrevista após a renúncia, Costa Neto recebeu um telefonema de feliz aniversário do vice-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL). “Ninguém vai sair bonito desta crise, mas a gente vai sair menos feio”, disse Valdemar ao telefone. A informação abre a entrevista feita pela ‘Época’, em que Costa Neto diz que recebeu dinheiro do PT e admite apenas ter cometido um ‘erro fiscal’ ao não declarar o valor recebido por não ter como provar a origem.
     
 “A história do PL é ruim, mas é a menos pior”, diz ele.
Na entrevista, Costa Neto conta que recebeu R$ 6,5 milhões e que a negociação foi feita durante as conversas para fechar o apoio à candidatura de Lula em 2002. Segundo ele, participaram da negociação os deputados José Dirceu e João Paulo Cunha, o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o então secretário-geral, Silvio Pereira. Costa Neto diz que tudo ia bem até ser aprovada a verticalização, que permitia coligação partidária apenas com aliados nacionais, pois o PL precisava ter 5% dos votos para ter direito à verba do fundo partidário.
     
Ele afirmou que José Dirceu chegou a liberar o PL do acordo, mas que José Alencar ligou para Lula e disse que ele iria conversar pessoalmente. Neste encontro, no apartamento do deputado Paulo Rocha (PT), acrescenta Costa Neto, Lula propôs a José Alencar que saissem da sala porque a conversa era entre partidos, não entre candidatos. Em seguida, Delúbio Soares teria chegado perto de Costa Neto e dito ‘vamos conversar’.
     
“Lula e Alencar ficaram na sala e fomos para o quarto, eu, o Delúbio e o Dirceu. Comecei pedindo R$ 20 milhões para levar uns R$ 15 milhões”, diz ele, afirmando que Dirceu chegou a dizer que não dava: ‘acabou’. Costa Neto afirma ter chamado Dirceu de volta para o quarto e que José Alencar foi junto. Neste momento, acrescenta, teria dito: “Vamos acertar por R$ 10 milhões”.
     
 Segundo ele, José Alencar disse que era para pedir tudo ‘por dentro’, doação legal.
 Perguntado se Lula sabia que a conversa no quarto era sobre dinheiro, afirmou:
– Ele sabia. O presidente sabia o que a gente estava negociando. Olha, ele e o Zé Dirceu construiram o PT juntos. O Lula sabia o que o Dirceu estava fazendo. O Lula foi lá para bater o martelo. Tudo que o Zé Dirceu fez foi para construir o partido – diz Costa Neto à Época.

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