Um grupo da Polícia Federal formado por dois delegados e seis agentes chegou ontem ao município com a tarefa de libertar funcionários da Pousada Jurumé, acuados pelos índios Apiaka desde o último domingo. Ao todo são oito pessoas que não conseguiram deixar o local desde que o proprietário da pousada, Ari Carneiro de Moraes, foi brutalmente agredido e flechado pelo grupo indígena.
Desde o momento em que chegaram, os policiais federais trataram de se reuniram com autoridades locais para traçar estratégias de ação e assim conseguir o intento. Os encontros aconteceram todos na Promotoria de Justiça de Alta Floresta. Representantes das Polícias Civil e Militar, do Ministério Público e da pousada discutiram as melhores formas de retirar o pessoal que se encontra na propriedade de Carneiro de Moraes. A opinião era de que qualquer ação empreendida precisaria da atuação da Funai, cujo representante, o índio Megaron Txucarramae, só chegou em Alta Floresta no final da tarde.
Depois de uma conversa que durou aproximadamente 40 minutos, o administrador da Funai informou que estaria, naquele momento, mantendo contato com os índios para fazer a desobstrução da pista da fazenda de Ari, aonde aconteceu o ataque na manhã de domingo. Pra evitar seu uso, os índios espalharam tambores de óleo diesel em toda a sua extensão.
Segundo informou à reportagem, Megaron deverá estar se deslocando nas primeiras horas desta sexta-feira para o local do conflito. Em companhia de outros funcionários da Funai, ele deve seguir viagem por volta de 06:30 da manhã. Os delegados e agentes da PF devem se dirigir ao local para fazer a libertação dos funcionários.