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Presidente da Assembleia descarta crise entre poderes após prisões e revela encontro para ‘pacificação’

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O presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (PSB), afirmou hoje, que não há clima de tensão envolvendo o governo do Estado, Assembleia e o judiciário e que isso ficou pacificado durante reunião, no Palácio Paiaguás. “Os problemas que afetam os poderes são diferenciados. As questões administrativas relacionadas às instituições estão acima das questões individualizadas. Na reunião ficou pacificado que não existe nenhum clima de tensão entre os poderes. Isso ficou claro”, destacou Botelho.

Questionado sobre o significado das questões individualizadas, Botelho respondeu que cada um deve responder pelos seus atos. “São questões pessoais. Se teve grampo, se alguém fez, ele que tem que responder, não é o governo do estado, não é a estrutura governamental e não é o executivo”, disse o presidente

O desembargador Orlando Perri afastou, semana passada, o secretário de Segurança, Jarbas Rogers e mandou que use tornozeleira eletrônica. O governador Pedro Taques concedeu entrevista coletiva classificando de esdrúxula a decisão e criticou Perri. A Associação dos Magistrados de Mato Grosso saiu em defesa do desembargador e rebateu as criticas de Taques.

Ontem, Perri determinou as prisões de Jarbas, o secretário de Justiça, Airton Siqueira, o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, um tenente coronel, sargento e mais duas pessoas acusadas de envolvimento no caso dos grampos clandestinos e de atrapalhar nas investigações. Foi mencionando que promotores supostamente teriam ligação com o caso e o desembargador, ao autorizar as prisões não colheu parecer do Ministério Público. O procurador de Justiça, Mauro Curvo, classificou de "canalhice" a tentativa de envolver membros do MP no caso. A Associação Marto-grossense do Ministério Público (que representa os promotores) criticou a decisão de Perri em autorizar as prisões sem a manifestação do MP. Em nova nota, hoje, a AMAM disse que os atos de Perri são legais e defendeu apaziguamento de ânimos.  O governo do Estado em nota considerou graves revelações feitas na Operação Esdras, que haveria tentativa de um tenente de gravar clandestinamente conversas do desembargador. O governo afastou o secretário Siqueira e pediu união dos poderes e da sociedade neste momento de dificuldades institucionais.

O presidente da Assembleia  também disse que o encontro de ontem com representantes de poderesm também foi para tratar da tramitação, na Assembleia Legislativa, do Projeto de Emenda Constitucional 10/2017, mais conhecida como “PEC do Teto dos Gastos”. O PEC, segundo Botelho, já recebeu mais de 30 emendas. Botelho descartou também a possibilidade de as denúncias e prisões de parte do primeiro escalão do governo – envolvidos no esquema de interceptações telefônicas ilegais – afetarem e, com isso, fragilizarem o andamento da administração pública em Mato Grosso. “Não fragiliza. Ações como, por exemplo, as obras em infraestrurua, de saúde e da caravana da transformação estão a pleno vapor, e não podem parar. A vida é assim, sai uma pessoa e outra entra. Aqui, na Assembleia, é assim, e no governo não seria diferente”, explicou Botelho.

O parlamentar descartou que o governo Taques esteja saindo fora dos trilhos em função da “crise dos grampos”. “Prender pessoas gera impacto, mas não ao ponto de paralisar os trabalhos do governo. Mesmo porque o cérebro do governo, a área econômica e a de planejamento, não foi atingido. Essas áreas estão livres de quaisquer suspeitas”, afirmou Botelho.

Perguntado sobre as investigações que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) está fazendo ao governador Pedro Taques, Botelho foi taxativo: “Investigar pode. Isso é normal. O que não pode é fazer pré-julgamento sem investigar. Tem que investigar, e depois averiguar quem tem culpa”, concluiu o presidente.   

 

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