O presidente regional do PDT, deputado estadual Zeca Viana, admitiu a possibilidade de o partido vir a discutir eventual participação junto ao grupo governista. Em que pese o indicativo, ele frisa as dificuldades do PDT para compor com o bloco da situação, considerando a linha ideológica defendida pela legenda e pelos atuais aliados, leia-se, oposição aos atuais governos Estadual e Federal. Articulações nacionais, entre o presidente do PDT, Carlos Luppi com o senador Blairo Maggi (PR), visam concretizar a presença da presidente Dilma Rousseff (PT) no palanque pedetista local.
“Temos conhecimento dessas movimentações e ficamos em uma posição de aguardar a nacional. Se vier essa orientação é claro que precisaremos discutir, mas é um caminho de tênue traçado, porque temos convicções que não se adequariam a uma composição com todas as legendas que fazem parte da base aliada”, disse. O assunto foi tratado entre Zeca e Taques, ontem à noite, em reunião que antecede o encontro de hoje, em Barra do Garças, que deve contar com participação expressiva das siglas da oposição.
A tática de levar o PDT para o grupo da situação, teoricamente, consolidaria o apoio de Maggi a Taques na corrida pelo comando de Mato Grosso. O PR, com o “peso” do respaldo do senador republicano, teria mais chances de compor chapa majoritária através do pré-candidato ao Senado, deputado federal Wellington Fagundes. E essa plataforma de aliança agradaria o PDT de Luppi, que antecipou aval à reeleição de Dilma e que espera possível ampliação da participação do partido no governo federal.
Essa tese não agrada os líderes do PDT estadual, que construíram com legendas como o PPS do prefeito Percival Muniz, com o PSB de Mauro Mendes e com o DEM do senador Jaime Campos, além do PV e agora o PSDB, uma proposta de renovação de governo. Os discursos de Taques e de outros membros da oposição poderão ser desconstruídos, caso impere uma mudança radical de trajetória, como a que se propõe agora com o PDT no Estado. É como água e óleo, simplesmente não se misturam, observadas as regras do mínimo bom senso do ideário político.
Em tempo, líderes do PDT de Mato Grosso, segundo fonte, estão cientes de que a decisão poderá “vir de cima para baixo”. Essa seara também começa a ser analisada pelos partidos que “hoje”, sinalizam apoio ao senador Pedro Taques.