Para o analista político, João Edson de Souza, a candidatura anunciada aos quatro ventos, do empresário do agronegócio, Eraí Maggi, que afirma disposição para concorrer ao governo do Estado, não passaria de balão de ensaio, mas, tudo é conjectura, já que o cenário pode mudar com a definição do atual governador Silval Barbosa (PMDB) em disputar ou não o pleito de 2014. "A sua tentativa é projetar seu nome, mas não acredito que concorre a governo ou Senado, mas, talvez suplente de Senado ou vice-governador. Se quisesse concorrer a majoritária mesmo teria se filiado ao PR e não ao PP", afirmou.
João Edson explica que a definição de Eraí Maggi pelo PP, o deixou como "noiva". "Se a candidatura dele despontar, significa a mesma coisa que a pré-candidatura de Maurição Tonhá (PR), ao governo, colocou o nome para ver no que dá", disse.
Em sua avaliação, a pré-candidatura de Eraí Maggi desvinculou a imagem do juiz federal Julier Sebastião da Silva, até então, o mais assediado e cotado para disputar o governo do Estado pela situação. "Vamos dizer assim, o baile estava pronto e a moça começou com frescura, e por isso, trouxeram outra e o Julier ficou de escanteio", relatou.
Sobre a escolha do PP para abrigar seus pretensos planos políticos de disputar o governo do Estado, João Edson analisa que o partido é "flex", e pode andar tanto na oposição quanto na situação, levando em conta a aproximação do PR com partidos de oposição como PSB e PDT, que pretende lançar candidatura do senador Pedro Taques.
"O PP é flex, pode estar de ambos os lados, até porque, em campanhas presidenciáveis, os candidatos não vêm tanto para Mato Grosso, e isso deixa os partidos livres para se articularem com candidatos da oposição", disse.
João Edson explica que a candidatura ao governo do Estado, deve passar pelas duas maiores lideranças de Mato Grosso, que atualmente são o senador Blairo Maggi (PR), que é primo de Eraí, e o prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB).
"Existe a possibilidade do PR romper com o governo estadual, e as candidaturas ao governo devem passar por Mauro Mendes e Blairo Maggi, não tem candidato sem os dois", observou.
No que concerne ao governador Silval Barbosa, cuja situação prossegue indefinida, já que se não encerrar o mandato em dezembro de 2014, não colherá os louros das obras da Copa, pois, deverá se desincompatibilizar do cargo em abril, seis meses antes do pleito, João Edson aponta que o seu posicionamento deve mudar o cenário eleitoral.
"O Silval ainda é uma incógnita, ninguém sabe se renuncia para o Senado, o que mudaria todo o jogo político, porque daí o PSD fica com o governo sob comando do vice-governador Chico Daltro, e o partido estará com a máquina na mão, e fará contraponto ao Blairo e ao Mauro Mendes. O desenho pode mudar em março", concluiu.