O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Luiz Antonio Pagot, explicou os motivos que o levaram denunciar o senador Mário Couto (PSDB-PA) ao Conselho de Ética do Senado Federal. Em entrevista à rádio CBN Cuiabá, Pagot disse que as acusações que o parlamentar paraense utiliza são inverídicas. “Ele não tem prova nenhuma contra mim. Eu quero que ele prove alguma coisa contra mim”, disse.
O diretor do Dnit acredita que a insistência do senador em atacá-lo seria uma forma de “justificar sua atuação pífia” dentro do Senado Federal. “Ele fica usando meu nome para se promover, para promover sua pífia atuação no Senado”, ressaltou, durante a entrevista.
Apesar de ingressar com uma representação contra o senador, a medida pode não ir adiante, já que os senadores tem imunidade do direito de opinar em discurso na tribuna da Casa. Todavia, a denúncia contra o senador paraense no Conselho de Ética será avaliada pelo presidente do colegiado, o senador mato-grossense Jayme Campos (DEM), que decidirá se ela é procedente ou não.
Conforme Só Notícias já informou, em pronunciamentos anteriores, Mário Couto afirmou que Pagot era corrupto e ladrão, ao acusá-lo de um “rombo de R$ 1 bilhão nos cofres públicos ao utilizar, sem zelo, recursos capitaneados pelo órgão”. “Pagot, cansei de te chamar de corrupto, troquei a palavra para ladrão, e posso te chamar de ladrão burro porque tu expões a tua riqueza e tentas cassar um senador da República quando não conhece as leis. Mas tudo é a tática da intimidação”, declarou Couto, da tribuna, esta semana, após saber da representação contra ele feita por Pagot.
Devido a atitude de Couto, os deputados estaduais aprovaram, ontem, uma moção de repúdio ao senador. O senador ainda em recolher assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as supostas irregularidades no Dnit.