Confirmado mais um depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, criada para investigar denúncias de irregularidades no uso de recursos do Orçamento da União da área da saúde para a compra de ambulâncias com preços superfaturados. É o do empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, dono da Santa Maria Comércio e Representações, previsto para ocorrer na próxima quarta-feira (5), às 10h30.
Trevisan, também acusado de participar do esquema de fraude, é filho de José Darci Vedoin – proprietário da Planam Indústria, Comércio e Representações -, apontado como chefe da quadrilha que comercializava as ambulâncias superfaturadas por meio de um prévio acerto com prefeitos, relacionado à licitação.
Com a convocação de Trevisan, já são três os depoimentos confirmados para a próxima semana. Na terça (4), deverão ser ouvidos, na condição de convidados, o procurador da República em Mato Grosso Mário Lúcio Avelar e o delegado da Polícia Federal Tardelli Boaventura. Ambos deram início às investigações sobre o esquema de fraudes que envolvia parlamentares, empresários, funcionários públicos e prefeitos.
A princípio, seria convocada também para depor na quarta-feira a ex-assessora especial do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino, acusada de intermediar o esquema no órgão. Em um primeiro depoimento à Polícia Federal, ela identificou 81 parlamentares que teriam participado da fraude, além do próprio Vedoin. Mas os membros da CPI Mista preferiram adiar o depoimento da ex-assessora para poderem fazer uma análise mais profunda das informações que serão repassadas pelo procurador e pelo delegado, na terça (4).
Na reunião desta última quarta (28), a CPI dos Sanguessugas aprovou requerimentos para a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Maria da Penha, Darci Vedoin e de vários parentes dele que também estariam envolvidos no esquema de fraude: a mulher Cléia Maria Trevisan Vedoin, a filha Alessandra Trevisan Vedoin e a nora Helen Paula Duarte Cirineu Trevisan, casada com Luiz Antônio.
Reuniões
A CPI Mista dos Sanguessugas foi instalada na última quinta-feira (22), com prazo de 30 dias, prorrogável por mais 30, para concluir seus trabalhos. Para agilizar as investigações, ficou acertado que as reuniões serão realizadas todas as terças e quartas-feiras, com a possibilidade de haver trabalhos também na quinta, caso seja necessário. A sugestão do senador Amir Lando (PMDB-RO) e do deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), respectivamente relator e presidente da CPI Mista, incluía também as segundas-feiras, mas os membros da comissão preferiram não assumir esse compromisso devido às campanhas eleitorais que se intensificam nos finais de semana.
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Outro sócio da empresa sediada em Cuiabá será ouvido na CPI dos sanguessugas
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