Candidato à Prefeitura de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), acumula 22 pontos percentuais de crescimento na terceira rodada de pesquisa de intenção de votos em Cuiabá realizada pelo Instituto Gazeta Dados e empurra a decisão do pleito para o segundo turno.
Mauro Mendes (PSB) mantém a liderança, mas com uma oscilação de 3% negativos na pesquisa estimulada, ainda dentro da margem de erro, os 37% de intenções obtidos pelo empresário agora mostram-se insuficientes para garantir a sua vitória em 7 de outubro, já que o petista saltou dos 8% apresentados no início de agosto, para os atuais 30%.
Já Guilherme Maluf, apesar da variação menos brusca, de apenas 4% desde o começo de agosto, registrou sua maior queda, ficando com apenas 6% das intenções.
Os outros 3 candidatos estão tecnicamente empatados na “lanterna” e mantiveram-se estáveis, com Procurador Mauro (Psol) voltando à margem dos 4%, recuperando o ponto perdido no início deste mês e assumindo a dianteira de Carlos Brito (PSD), que figurou com 3% das intenções em todos os levantamentos. Adolfo Grassi (PPL) foi mencionado apenas na segunda rodada, por 1% dos eleitores, e agora não foi citado.
Queda significativa também foi verificada entre os indecisos, que passaram de 21% para 15%, enquanto a opção por votos brancos e nulos soma 5% do total.
Esta foi a primeira amostragem realizada após o primeiro grande debate entre os candidatos ao comando do Palácio Alencastro, transmitido pela TV Record/Canal 10 na última sexta-feira (14). No próximo dia 1o de outubro eles voltam a confrontar suas propostas ao vivo.
No cômputo dos votos válidos, que na rodada anterior ainda indicava a chance de Mendes vencer no primeiro turno, o empresário detém a preferência de 46% dos eleitores, contra 38% de Lúdio. Maluf ficaria na terceira colocação com 7%, à frente de Procurador Mauro, com 5% e Brito, 4%.
Espontânea
Sem contar com qualquer estímulo acerca dos concorrentes à Prefeitura, a vantagem do socialista sobre Lúdio cai para 5 pontos percentuais. Mendes manteve-se estagnado, com 33% das intenções, ao passo que o petista registrou crescimento acentuado, saltando de 7% para 28%.
O tucano foi mencionado por 6% dos entrevistados, com oscilação dentro da margem de erro entre os 3 levantamentos. Os candidatos do PSol e do PSD empatam na casa dos 3% e Grassi não chegou a ser citado durante a amostragem.
A maior variação, contudo, foi na quantidade de eleitores indecisos. No início de agosto, mais da metade não soube responder em qual candidato votaria e agora, apenas 22% ainda avaliam as opções. Votos brancos e nulos são 5%.
Rejeição
Apesar de não ser o lanterninha da rodada, Brito é o mais rejeitado pelos entrevistados, com 18%, seguido por Maluf, cujo índice alcança 15% do eleitorado.
Da mesma forma, o líder nas pesquisas foi o terceiro mais citado pelas pessoas ouvidas quando questionadas sobre qual candidato não votariam sob hipótese alguma. Seu índice de rejeição na rodada atingiu 13%, 4 pontos maior que no levantamento anterior.
À medida que cresce na preferência do eleitorado, Lúdio também aumenta seu índice de rejeição, mesmo sendo o último colocado neste quesito, 6% dos entrevistados, 2% a mais que nas últimas pesquisas, se recusam a votar no petista.
O candidato do PPL tem 11% de rejeição e Procurador Mauro, 6%. Ainda, 10% dos eleitores não possuem restrição em relação a nenhum dos concorrentes e outros 19% se mostraram indecisos sobre o assunto.
Pesquisa
A pesquisa, realizada sob o método Survey está registrada junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o número 00275/2012 e possui margem de erro de 3,5% para mais ou para menos.
Nos últimos dias 15 e 16, os pesquisadores do Gazeta Dados percorreram 224 bairros, das 4 regiões da Capital, onde ouviram 800 eleitores, sendo 52% mulheres. Eles foram divididos em proporções semelhantes entre as diferentes faixas etárias e, em relação à escolaridade, a maioria dos entrevistados, 46%, concluiu o ensino médio, sendo que 18% chegaram a algum curso superior e 3% são analfabetos.
Dentre eles, 74% estão empregados sendo que 13% são servidores públicos. Do total, 70% vive com renda familiar de até 5 salários mínimos.