Lideranças de municípios do extremo Norte de Mato Grosso têm se mobilizado e discutido diretrizes que pretendem formatar para a proposta de Zoneamento Socioeconômico e Ecológico – ZSEE – de Mato Grosso, atualmente já debatido em diferentes cidades por meio das rodadas promovidas pela Assembleia Legislativa. Os representantes querem, entre outras coisas, delinear estratégias, sugestões, e demais aspectos para que o zoneamento não ‘engesse’ o desenvolvimento socioeconômico da região mas sirva como base para crescimento da atividade produtiva.
A intenção é formatar um documento que gestores das cidades pretendem apresentar na audiência sobre o zoneamento, marcada para Alta Floresta entre 7 a 9 de maio, mobilizando aproximadamente 16 municípios. “Estamos discutindo o que podemos mudar para a nossa região. Entendemos que o zoneamento pode engessar o desenvolvimento do Nortão [em caso da não adoção de medidas específicas]”, apontou a secretária de Indústria, Comércio e Turismo, Célia Castro.
A preocupação é com limite de áreas para produção agrícola, pecuária e tamanho de reservas florestais, por exemplo.
Mês passado, em Alta Floresta, prefeitos tiveram a primeira experiência, durante encontro. Para os representantes, faz-se necessária a implantação de pontos que estimulem as diferentes cadeias produtivas. “Temos consciência da questão ambiental, mas é preciso dar condições”, acrescentou Célia Castro.
As conversações devem atingir a grande região de Alta Floresta, formada também por Carlinda, Paranaíta, Apiacás, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde, Guarantã do Norte, Novo Mundo, Matupá, Peixoto de Azevedo, Colíder, Nova Canaã do Norte, Nova Guarita, Terra Nova do Norte, Santa Helena.
“Não queremos simplesmente chegar na audiência sem ter argumentos. Acreditamos ser possível o Estado acatar as sugestões. Vai depender muito da nossa capacidade de mobilização, entendimento, expor a nossa necessidade”, ressalta a secretária.