O Nortão não está no ‘primeiro pacote’ de obras do PAC ( Programa de Aceleração do Crescimento) que o governador Blairo Maggi vai cobrar do presidente Lula, nesta segunda-feira. Os dois e prefeitos terão audiência para tratar da liberação de verbas para obras em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis, nos setores de habitação e saneamento. O maior investimento é para a capital e serão reivindicados R$ 233 milhões para investimentos para estas duas áreas. Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis trabalham com a meta de criar um cinturão sanitário de proteção ao pantanal.
Habitação e saneamento também estão entre as principais demandas dos maiores municípios da região Norte. Não foi confirmado pelo governo a inclusão de projetos das cidades na região no PAC.
Aliás, no PAC está inserido o projeto da conclusão da BR-163 entre a divisa de Mato Grosso até o porto em Santarém (PA), – aproximadamente 1.000km. Nem mesmo inserida no ‘plano de aceleração’, a obra não sai do papel. Aliás, o governo Lula nem sequer cumpriu os prazos fixados, ano passado, quando lançou este programa, para emissão da licença final para que as obras iniciem. Muito pouco se fala no governo sobre a rodovia. 19 entidades de Sinop fizeram um levantamento técnico dos principais entraves e apresentaram o balanço para Blairo, os senadores e deputados. Até agora, nada andou. A pavimentação da rodovia é a redenção da região Norte Mato-grossense. Vai escoar rapidamente a safra agrícola e a madeira, que vão ser exportadas com preços bem mais competitivos, proporcionando maior lucratividade para os produtores, considerando que o frete vai cair consideravelmente em relação ao escoamento feito hoje via portos de Santos (SP) e Parangauá (PR) que é praticamente o dobro da distância via Santarém. A importação de insumos e demais produtos é outra grande vantagem.
A previsão do governo, no início do ano, era fazer a obra, orçada em R$ 1,5 bilhão, em 4 anos. Mas é preciso iniciá-la.