Mesmo mais tranqüilo após a vitória inquestionável sobre a Argentina na final da Copa América, Dunga incluiu, além das crianças pobres do mundo, mais um nome na lista de agradecimentos: o torcedor brasileiro. O treinador ainda discordou dos críticos e disse que o Brasil não apresentou um futebol tão medíocre nas fases anteriores da competição disputada na Venezuela.
“Viemos aqui para resgatar a auto-estima do torcedor, aquele trabalhador que acorda cedo e volta tarde. Pelo que a Argentina havia feito nos outros jogos e pelo que a imprensa tinha falado, nós não éramos os favoritos e mesmo assim conseguimos vencer”, disse Dunga.
O treinador acertou a equipe na final com uma forte marcação e a saída rápida rumo ao taque. A opção por Elano e depois por Daniel Alves como substituto de Gilberto Silva (suspenso) foi decisiva no encaixe do jogo, que trouxe o título para o Brasil.
“Se vocês forem olhar com atenção os vídeo-tapes dos primeiros jogos, nós também chegamos ao ataque. Tivemos seis ou sete chances de gol em todos os jogos”, disse Dunga. “Se eu escalasse o Fernando no lugar do Elano neste domingo, iria perder a boa marcação que o Mineiro e o Josué estavam fazendo. Quis dar velocidade àquele setor e coloquei o Daniel Alves. Simplifiquei o máximo possível”, explicou Dunga.