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MP diz a Blairo que Unemat "mata confiança" no concurso do Estado

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O coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), procurador Paulo Prado, encaminhou hoje ofício ao governador Blairo Maggi solicitando o afastamento da Universidade do Estado de Mato Grosso da coordenação, elaboração e execução do concurso público do Estado. Ele pede ainda a instauração de procedimento administrativo com destituição dos membros que compõem a chefia e coordenação do certame. Prado lembrou que houve inúmeras denúncias e no dia 21, com ordem judicial, houve busca e apreensão de computadores e notebooks em residências de pessoas, direta e indiretamente, envolvidas na organização e coordenação do concurso público em Cáceres. Segundo ele, a ação visa apurar possível prática de fraude envolvendo o certame.

"No entanto, no transcorrer do concurso, várias irregularidades de natureza cível foram detectadas, ocasionando a anulação do pleito. Constatou-se, de forma cristalina, que a Unemat, infelizmente, não possuía e não possui estrutura material e pessoal para a elaboração, coordenação e execução do concurso", disse ele.

O chefe do Gaeco aponta que a "desorganização" vivenciada pelos candidatos oriundos de cidades mato-grossenses e de outros Estados, gerou enorme insegurança, desconforto e desconfiança quanto à credibilidade e seriedade do concurso. No documento, o procurador de Justiça ressaltou que, dentre tantas circunstâncias vexatórias, destacam-se a troca de provas, falta de fiscais, atraso diferenciado na distribuição e entrega dos cadernos de prova, rompimento do lacre, desinformação quanto aos locais das provas e falta de policiamento adequado, entre outros.

"Essas circunstâncias, de notório conhecimento da sociedade por meio dos veículos de comunicação, demonstram o rompimento dos critérios da igualdade, isonomia e sigilo, fatores preponderantes para mantença da lisura de qualquer concurso público que se preze", afirmou o representante do Ministério Público Estadual (MPE).

Para ele, a insistência na permanência da Unemat à frente dos trabalhos "fere de morte a confiabilidade e segurança que toda sociedade mato-grossense e brasileira espera. Os fatos foram gravíssimos, inaceitáveis, sem contar, em tese, a improbidade administrativa transcorrida e o desperdício do dinheiro público ocasionado".

 

 

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