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Mauro critica no Roda Viva multinacionais por impor moratória da soja em MT; ‘vou denunciá-los’

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Só Notícias (foto: reprodução TV Cultura)

O governador Mauro Mendes foi entrevistado, ontem à noite, em São Paulo, no Roda Vida da Tv Cultura, e criticou as multinacionais do agro que “desrespeitam a lei brasileira” ao impor moratória da soja para os agricultores mato-grossenses aos produtores que abriram áreas, fizeram desmate legal. A medida tem causado impactos financeiros negativos para agricultores. “Bunge, Cargil e outras por aí têm o direito de vir aqui no nosso território desrespeitar a nossa lei, criar uma regra que passa por cima da lei brasileira ?”, questionou. “Eles começam a sufocar os empreendedores (agricultores) que estão cumprindo a lei”, criticou. “Então, também temos o direito de fazer algum tipo de retaliação (contra multinacionais)”. “Primeiro vou dialogar com eles”, “estaremos chamando o presidente da Abiove para conversar e vou denunciá-los no Congresso Nacional”, cogitou.

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Mauro defendeu leis mais duras para a minoria que insiste em cometer crimes ambientais. “Hoje, 98% dos nossos produtores agem dentro da legalidade porque não é interesse do agronegócio desrespeitar as leis ambientais. E poucos lugares do mundo tem a preservação de Mato Grosso, que é o maior produtor de alimentos do Brasil e, ainda assim, tem 60% do território totalmente intacto”, declarou.

“Na COP (Conferência do Clima), em Copenhague, eu perguntei para os produtores rurais de lá quanto que eles usavam da terra deles. E eles falaram que cerca de 80%, 85%. Quando eu contei para que nós tínhamos que preservar 80% do bioma amazônico, o produtor não conseguia entender aquilo. Na Europa, em alguns países, eles usam 90%, 95%, e acabaram de flexibilizar os 4% que teriam que preservar. Esses países não fazem 20% do que o Mato Grosso e o Brasil fazem, e ainda se julgam no direito de vir aqui apontar o dedo”, criticou.

Ele também expôs que, em Mato Grosso, a minoria pratica crimes ambientais. “98% do agro não comete esse crime. Então porque vamos proteger 2% e penalizar 98%?  É um crime contra o meio ambiente, contra a economia brasileira, contra a imagem do nosso país dentro e fora do Brasil. Por isso, defendo o perdimento, assim como está previsto na Constituição para quem planta maconha ou produz cocaína, e o crime nessa situação foi praticamente extinto no país. É a prova de que uma lei dura e inteligente muda a cultura e o comportamento”, afirmou.

Na entrevista, também foram abordados outros assuntos como a relação entre o presidente Lula e o agronegócio e a moratório da soja

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