O secretário estadual de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima, evitou falar em prazo para o funcionamento pleno do Hospital Regional de Sinop, ontem no final da tarde, quando foi sabatinado por vereadores, durante sessão da câmara. O hospital tem 75 leitos e cerca de 20 estão sendo usados atualmente. A unidade também está sendo reformada e adequada para instalação dos blocos cirurgicos, laboratórios e demais equipamentos. Ele afirmou os repasses financeiros para reforma já aconteceram praticamente na totalidade, em agosto, com mais de R$ 2 milhões. “Infelizmente, na vida pública fica muito difícil estabelecer prazos, diferentemente na vida privada […] É bem verdade que precisa ser entregue mas não teria como, nem que quisesse, de estipular prazo porque prazo se cumpre”, declarou.
Mauri destacou que a pasta “vem acompanhando [os trabalhos] desde quando foi enviado o primeiro recurso em meados de agosto de 2012, quando foi feito o primeiro repasse e outros, acompanhando, compartilhando de todas dificuldades que existem, burocráticas quanto a prestação de contas, as possibilidades de fazer ou não dentro de um nível de responsabilidade para que ninguém possa ser prejudicado”, disse.
Ele reforçou que “o recurso foi liberado em agosto do ano passado. Tenho colocado que se esses recursos tivessem sido aplicados lá nesse período todas as controvérsias que existe repasse ou deixar de existir, certamente, já poderia ter sido utilizado na compra de demais equipamentos. Isso não ocorreu por “n” motivos alegados pelas própria instituição que respeito”.
Mauri também disse que a secretaria vem acompanhando as obras “com pedido prestação de contas, ouvindo, explicando, ponderando. E, certamente, diante de todo esse impasse esse secretário não deixará de fazer qualquer questionamento que venha a ser apresentado com fundação de ordem legal, quanto qualquer possibilidade que possa existir no cumprimento”.
Sobre as denúncias do deputado federal e ex-secretário Pedro Henry (PP), da não aplicação de R$ 37 milhões que deveriam ser repassados pelo Estado Hospital Regional, Mauri reafirmou o que disse na Assembleia, na semana passada. Apresentou dados divergentes (das acusações) sobre os valores que deixaram de ser investidos na unidade, que desde abril deveria estar recebendo R$ 3,4 milhões, mas continua recebendo R$ 1,5 milhão. Afirmou que a outra parte recurso estaria sendo aplicada em unidades e, em outro momento, destacou que o recurso era compartilhado com mais outras 30 hospitais no Estado.
Segundo ele, o “desvio” da finalidade desses recursos foram necessários, pois a unidade sinopense ainda não está em pleno funcionamento. Devido a isso, do dinheiro destinado pelo Ministério da Saúde, apenas R$ 1,5 milhão são enviados para o município e a outra parte foi para bancar despesas de hospitais no Estado.
Para o presidente da comissão na câmara, que acompanha as obras do hospital, Wolgran Araújo (DEM), a sabatina atendeu parcialmente a expectativa. “Pelo menos vimos uma vontade em resolver esse problema. Essa situação temos que solucionar de qualquer maneira. Não tem mais como um Hospital Regional que vai aumentar em 50% o número de eleitos, fechado. Tem alguns repasses que foram feitos, que vamos sentar com a comissão, analisar e questionar novamente o hospital. A comissão em si espera a solução do problema e que Sinop contemple mais 25 leitos de UTI”, disse.
Sobre os equipamentos da unidade, cerca 90% já comprados continuam em Cuiabá, por ser mais “seguro”, segundo o secretario e estarem na garantia até serem instalados.
(Atualizada às 09:23h em 10/09)