PUBLICIDADE

Marcha dos prefeitos vai debater reforma tributária

PUBLICIDADE

A 11ª Marcha dos Municípios a Brasília vai discutir de amanhã, até quinta-feira, a visão dos municípios sobre o Pacto Federativo, com enfoque especial na proposta do governo federal sobre reforma tributária, disse hoje, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski.

Ele disse que a proposta enviada ao Congresso Nacional “parte de um diagnóstico correto sobre as distorções que o atual sistema tributário causa na economia”, a começar pela guerra fiscal entre os estados, com prejuízos aos municípios, e pela apropriação diferenciada do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na origem (estado produtor) e no consumo, dependendo da região.

Ziulkoski afirmou que a diversidade de tributos na esfera federal (PIS/Cofins, Cide, IPI e salário-educação) “burocratiza a vida das empresas, gera cumulatividade para o contribuinte e deteriora a base de cálculo do FPM [Fundo de Participação dos Municípios] e das transferências para estados e municípios”.

Ele informou que a confederação vai apresentar 15 emendas à proposta. Todas, segundo Ziulkoski, com vistas a fortalecer o pacto federativo, pois “este é um ponto fundamental para que as discussões da reforma tributária e a reforma do próprio setor público avancem”.

Ziulkoski ressalvou que a proposta “tem muitos pontos positivos”, como a unificação de quatro tributos federais (PIS/Cofins, Cide, IPI e salário-educação) em apenas um tributo, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA-F), e a fusão da Contribuição sobre Lucro Líquido (CSLL) com o Imposto de Renda, que vai gerar “um IR turbinado”.

Ele destacou ainda como ponto positivo a preservação do Imposto Sobre Serviços (ISS) na competência municipal, uma vez que essa taxa responde por 40% em média da receita própria das prefeituras. Enfatizou também como “salutar” a migração da cobrança do ICMS para o estado consumidor, mesmo que a transição seja gradativa, num horizonte de oito anos, a partir da aprovação da PEC.

Ziulkoski explicou que atualmente as alíquotas interestaduais são diferenciadas de acordo com a região. Nas vendas do Norte/Nordeste/Centro-Oeste para o Sul/Sudeste, o estado produtor fica com 12% do ICMS e 5% vão para o local de consumo (supondo-se alíquota total de 17%); no caso contrário, de venda do Sul/Sudeste para os demais estados, a retenção na origem cai para 7% e a unidade consumidora recolhe 10%.

Quando a transição proposta for completada, adiantou, todos os estados produtores vão ficar só com 2%, cabendo os outros 15% para o estado consumidor. Essa simplificação, segundo Ziulkoski, entender “será boa para todos e eficiente para acabar com a guerra fiscal”.

Ele ressaltou, porém, que se deve discutir mais e definir “garantias suficientes” de que as mudanças serão efetivamente “neutras” para os entes da federação.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Secretaria atende mais de 13 mil pessoas em Mato Grosso

Gerenciado pela secretaria estadual de Assistência Social e Cidadania...

Obras do novo de hospital universitário entram em fase de acabamento em Mato Grosso

As obras do novo Hospital Universitário Júlio Müller estão...
PUBLICIDADE