Na próxima terça-feira, às 15h, o governador vai receber os deputados estaduais para uma última conversa sobre as mensagens que tratam do reajustes e progressão de carreira da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. O líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Mauro Savi, chamou atenção para a demora na votação.
“Houve uma questão política levantada por alguns deputados que temos que respeitar, mas já se passaram mais de 60 dias e temos que colocar essa questão em pauta”, afirmou Savi. O líder ponderou que com a aprovação do PCCS -Plano de Cargos, Carreira e Salários, vários praças que estão há anos esperando uma promoção serão contemplados. “Isso tudo foi discutido anteriormente com a categoria. O aumento salarial abrangendo os praças foi proposto depois por alguns deputados”, frisou o parlamentar. Porém, o líder do governo adianta que o Executivo mantém o posicionamento de não inserir nessa proposta o reajuste para os praças.
O argumento do governo é que a média de reajuste salarial dos praças de 2003 para cá foi de 52,58% enquanto a dos oficiais foi de 27,83%. Além disso, um reajuste geral para a categoria causaria um impacto de cerca de R$ 50 milhões aos cofres públicos, enquanto o reajuste apenas para os oficiais vai impactar cerca de R$ 13 milhões.
A “queda-de-braço” tem como pivô os cálculos do governo. O Executivo alega que o reajuste aos praças provocará um impacto de R$ 50 milhões na receita anual do Estado contra a majoração de R$ 13 milhões com o aumento na folha apenas dos oficiais.
A demora na aprovação das matérias já causou prejuízos á categoria. Com a prorrogação das discussões, muitos praças que esperavam há mais de 20 anos por uma promoção foram prejudicados, já que a data prevista para a progressão era 21 de abril. “Perdemos já a progressão do dia 21 de abril, quando 204 praças seriam promovidos”, destacou o líder do governo.