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Maggi busca secretários para mais três pastas

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O governador Blairo Maggi decidiu nesta quinta-feira pela eftivação do nome do promotor Marcos Henrique Machado para ocupar o cargo de secretário da remodelada Secretaria Meio Ambiente (Sema), reestruturada após o “escândalo da madeira”. Machado, por enquanto, vai acumular também o cargo de secretário de Saúde, numa solução paliativa até a definição de um titular. Além da Saúde, Maggi busca nomes também para as secretarias de Desenvolvimento Rural – que poderá acabar numa fusão com Indústria, Comércio e Minas e Energia – e, também, para a Educação. Em suma, está sobrando vaga no primeiro escalão do Governo.

A definição do nome de Machado para a Sema aconteceu nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, após uma reunião entre o secretário e o governador, no Palácio Paiaguás. Maggi ponderou, de acordo com assessores, a importância de Marcos Henrique assumir o cargo em função da necessidade de dar uma aparência de austeridade e prioridade para o setor ambiental, responsável até aqui pelo principal desgaste político e administrativo do governador. “O governador precisa dar uma resposta urgente e eficiente para a comunidade internacional” – frisou a fonte palaciana.

Mas o velho dilema de “vestir um santo e desvestir outro” prossegue. Maggi agora terá que correr atrás de um nome para a Secretaria de Saúde. Por mais que Marcos Henrique Machado tenha acertado muitos dos problemas – inclusive de corrupção e ações das máfias que se alojaram por anos a fio na secretaria – alguém terá que gerenciar o setor. O primeiro nome cotado é o do adjunto Ronan de Oliveira, que tem o aval de Machado e vem ganhando espaço junto ao governador Maggi. “Só não será ele se houver uma forte interferência política” – comentou. Ou seja: negociar o cargo com partidos da base de sustentação do Governo.

O PFL, embora a pregação seja ao contrário, quer compensação pelo fato de ter perdido a coordenação política do Governo. Embora a escolha do deputado Joaquim Sucena tenha sido de caráter exclusivo do governador, o cargo era contabilizado como sendo da cota do partido. Sucena volta para a Assembléia Legislativa, depois de uma apagada passagem pelo cargo, e o cargo será assumido por Luís Antônio Pagot, que deixa a Secretaria de Infra-Estrutura para o pefelista Vilceu Marchetti. O PFL não contabiliza Marchetti como cota partidária e diz que a vaga foi preenchida com o aval do partido, mas a indicação foi do governador – a exemplo do que aconteceu com a indicação de Sucena.

Se for seguir a tendência estabelecida pelo articulador político do Governo, que assume o cargo nesta sexta-feira, o PFL não tem chance de ocupar a Secretaria de Saúde. E nenhuma outra, diga-se de passagem. Os liberais brigam pela “mega-secretaria” de Desenvolvimento Econômico, anunciada por Maggi. Luís Antônio Pagot declarou na impresa que o Governo e nem o governador vão negociar com aliados ou oposicionistas. Sinal de que novos tempos difíceis nas relações políticas podem estar chegando ao Governo.

Além das secretarias de Saúde e de Desenvolvimento Rural, outro cargo pode “vagar” no Governo é o de secretário de Educação. A secretária Ana Carla Muniz é a integrante de primeiro escalão que mais vem enfrentando resistência na base aliada por causa da distribuição de verbas: ela estaria beneficiando “nichos eleitorais” no Sul do Estado; acabou sendo “sabatinada” na Assembléia Legislativa. Mas, o fator que mais indica que Blairo Maggi deverá mexer na pasta saiu da reação às declarações de Percival Muniz, ex-prefeito de Rondonópolis. Esposo de Ana Carla, Muniz cobrou uma decisão pública do governador sobre o seu futuro partidário, marcando, inclusive, data para dizer se deve ou não sair do PPS. “O governador não gostou dessa atitude” – comentou a fonte.

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