O prefeito de Sinop, Nilson Leitão, iniciou ontem uma mobilização de lideranças políticas mato-grossenses para participar da audiência pública, no dia 10, no Senado Federal, que debaterá a viabilidade e a importância para Mato Grosso da ferrovia Norte-Sul. A mobilização de Leitão é para que um ramal seja instalado em Sinop visando resolver um sério problema dos municípios do Nortão, com potencial de 12 milhões de toneladas de grãos por ano, para escoar a safra e a produção madeireira. A ferrovia direcionará o escoamento via porto de Itaqui, no Maranhão. “Um terminal na região Norte vai viabilizar o escoamento da produção de um número bem maior de municípios produtores”, disse o prefeito, ao Só Notícias.
Ele disse ainda que a nomeação do ex-secretário Luiz Pagot para a presidência do DNIT- Departamento Nacional de Infra-estrutura- muito fortalecerá “essa luta”.
A audiência pública foi requerida pelos senadores Jaime Campos e Serys Marli reunirá os diretores da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e devem ser antecipados alguns pontos de um estudo encomendado pelo governo federal sobre a ferrovia.
A previsão da ANTT é que a nova ferrovia comporte trens com até 120 vagões e tenha custo operacional baixo. A capacidade de transporte chegaria a 35 milhões de toneladas/ano e permitiria a integração com rodovias como a BR-163 e a BR-158 (Araguaia). Pelo projeto original, o primeiro ramal eixo (setentrional) sairá de Miracema (TO) e irá até o médio-norte de Mato Grosso, numa extensão de 900 quilômetros.
O segundo vai de Estreito (MA) a Eliseu Martins (PI), passando pela região de Balsas (MA), outro centro produtor de grãos. Haveria o terceiro ramal que na prática seria uma extensão do traçado atual da Norte-Sul. A ferrovia hoje acaba em Açailândia (MA) fazendo a ligação com a estrada de Ferro Carajás.