quarta-feira, 24/abril/2024
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Justiça solta deputado eleito Neri Geller que foi preso em nova fase da Lava Jato

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Só Notícias/Editoria (foto:Só Notícias/arquivo - Atualizada às 09:10h em 12/11)

O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça, acaba de conceder habeas corpus para o ex-ministro da Agricultura e deputado federal eleito Neri Geller, que foi preso na sexta-feira de manhã, na Operação Capitu/Lava Jato, da Polícia Federal. Ele deve sair, nas próximas horas, da penitenciária da Mata Grande em Rondonópolis e deve ir para casa, em Lucas do Rio Verde. Geller responderá pelas acusações em liberdade. A assessoria, em nota, diz que deputado recebeu a notícia com serenidade e se diz “confiante na justiça”. Os advogados agora tentam cumprir a determinação para que Geller retome suas atividades e preste todos os esclarecimentos necessários ao restabelecimento.

O advogado Flavio Barra aponta que Neri Geller “não é indiciado. Foi simplesmente um declarante. Ele foi prestar informações, não tem indiciamento”. “Pode vir a ser indiciado, entretanto dentro direito penal quando a pessoa não é indiciada, é tratada como testemunha”.“Ele se mostrou espantando, inclusive com alguns questionamentos feitos para ele”, disse o advogado referindo-se as perguntas, que vieram prontas de Minas Gerais, onde a Polícia Federal centralizou a operação. Barra garante que no bojo das investigações não tem elementos que, de fato, demonstrem o envolvimento de Neri  com o esquema de propina. “O Geller ocupou Ministério entre 2014, mas o setor agrícola sabe do posicionamento extremamente coerente e honesto dele que sempre pautou sua vida pública em atos que beneficiaram o setor como um todo, sem buscar qualquer tipo de interesses pessoais”.

Sem curso superior, o deputado federal eleito ficou em uma cela comum na penitenciária da Mata Grande.

Ele havia sido preso com base na delação de um executivo da JBS que afirmou ter feito repasses de R$250 mil/mês durante certo período,  em 2014, quando era ministro, para que fosse mantido esquema iniciado por seu antecessor o então ministro Antônio Andrade, vice-governador de Minas Gerais que também foi preso nesta operação juntamente com Joesley Batista, sócio da JBS, do executivo Ricardo Saud, o ex-secretário no Ministério da Agricultura em 2013 Rodrigo Figueiredo (advogado mato-grossense)

A Polícia Federal aponta que, com base em delações, feitas este ano, pelo doleiro Lucio Funaro, entre os atos de ofício praticados pelos servidores do ministério da Agricultura “destacam-se a expedição de atos normativos, determinando a regulamentação da exportação de despojos; a proibição do uso da ivermectina de longa duração; e a federalização das inspeções de frigoríficos. O grupo empresarial teria pago R$ 2 milhões pela regulamentação da exportação de despojos e R$ 5 milhões pela proibição do uso da ivermectina de longa duração. Um deputado pela Paraíba (também preso) à época dos fatos teria recebido R$ 50 mil do grupo como contrapartida, em decorrência da tentativa de promover a federalização das inspeções sanitárias de frigoríficos por meio de uma emenda, cujo objeto tinha natureza totalmente diversa do escopo da medida provisória nº 653/2014 na qual foi inserida. A JBS também teria pago, na época, propina de R$ 30 milhões para o deputado Eduardo Cunha, que está preso por outros crimes e na operação Capitu teve novo mandado de prisão, vencer a eleição para presidente da Câmara dos Deputados.

Geller nega que tenha recebido propina. O executivo Florisvaldo Oliveira, também preso na 6ª, afirmou que levou pessoalmente R$ 250 mil para Neri Geller, no gabinete do ministro.

 

 

 

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