O ex-prefeito de Várzea Grande, Jaime Campos, afirmou nesta segunda-feira, antes da reunião do partido, que o projeto da candidatura própria na sigla não está descartado. Até porque não existe definição sobre a política de alianças que vai prevalecer para as eleições deste ano. Mas deixou claro que sua postulação – uma vaga ao Senado Federal – tem o caráter supra-partidário. “Ela já extrapolou o PFL” – disse, ao insistir na reclamação contra a posição do PPS, partido do governador Blairo Maggi.
“Não está havendo apreço por parte do Governo” – frisou o ex-prefeito, que já foi governador do Estado. Jaime garante que o PFL não abre mão do projeto. Ele afirmou ainda que não está havendo conversações no campo político eleitoral, ao contrário do que afirmam os articulares do Governo. Campos disse que o PPS está enfrentando uma forte crise interna num momento inapropriado e que essa situação está complicando eventuais entendimentos. “Já há afastamento” – disse o pefelista, sobre a relação com o PPS.
Independente de verticalização, Campos acredita que existe espaço para o diálogo. Contudo, deixou claro que as bases de entendimento com o PFL já estão definidas: a vaga ao Senado. “Tenho certeza de que a vice não interessa ao senador Jonas” – disse. Eis o problema. Até aqui, Maggi vem mantendo fidelidade ao entendimento que fechou ainda em 2002 com Pedro Henry, deputado federal do PP, que aguarda os últimos acontecimentos em torno do arquivamento do seu processo de cassação.
Mais maleável, o senador Jonas Pinheiro, presidente do Diretório Regional do PFL, diz que o quadro é indefinido no momento. Segundo ele, o avanço das discussões deverá acontecer a partir de uma definição clara sobre o esquema jurídico da política de alianças. Até lá, o quadro permanecerá instável, oscilando entre candidatura própria, oposição ou aliança com o Governo. Pinheiro confirmou que o partido não abrirá mão da candidatura ao Senado.