Ao encerrar seu depoimento no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, o deputado Pedro Henry (PP-MT) acusou há pouco o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser “movido por interesses pessoais”. Henry também o acusou de ter lançado falsas denúncias sobre outras pessoas para desviar o foco das atenções de seu envolvimento no episódio de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. “Ele quis colocar mais ingredientes para o envolvimento ficar tão grande que ninguém seria responsabilizado”, disse.
Acareação e depoimentos
O relator do conselho, deputado Jairo Carneiro (PFL-BA), propôs que seja realizada acareação entre o deputado Sandro Mabel (PL-GO) e a deputada licenciada Raquel Teixeira (PSDB-GO). Em depoimento ao conselho, Raquel disse ter recebido oferta financeira de Mabel para trocar de partido, e ele negou.
Jairo Carneiro também pediu a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico do publicitário Marcos Valério de Souza, acusado de ser o operador do “mensalão”, e de suas empresas SMP&B e DNA. Em outro requerimento, o relator sugeriu uma lista de nove testemunhas a serem ouvidas pelo conselho: os dirigentes petistas José Genoino (presidente), Delúbio Soares (tesoureiro), Sílvio Pereira (secretário) e Marcelo Sereno (secretário de Comunicação); o publicitário Marcos Valério e suas funcionárias Simone Vasconcelos e Geisa dos Santos; o ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia; e o tesoureiro informal do PTB, Emerson Palmieri.
Próximos passos
O conselho decidiu que não poderá ouvir novas testemunhas durante o recesso parlamentar. Assim, se não houver autoconvocação do Congresso, o órgão se reunirá informalmente na semana que vem para reorganizar o roteiro dos trabalhos. Se o recesso for suspenso, a próxima reunião já está marcada: será na terça-feira (5), às 14h30, destinada à votação dos requerimentos apresentados pelo relator.